- faz parte - eles dizem.
e assim, levam com eles meus versos e minha escrita. me ensinam que, às vezes, enquanto a gente se cura de uma dor, é preciso abraçá-los pra conseguir ver o sol se pôr de novo. preciso deles pra reaprender a respeitar o tempo: mais o meu; também o do outro. preciso deles para aprender a esquecer. preciso deles pra me lembrar que tudo passa, até as rimas que nunca fiz. por isso, às vezes me ausento e volto diferente depois, como se jamais tivesse pertencido. meus silêncios me mudam de endereço, me transformam em uma pessoa melhor.
depois, quando percebem que se fechou a ferida, vão embora e saem de mim sem destino. me deixam cheia daquilo que curamos, que aprendemos, que reencontramos. não sou mais dona dos passos, nem do tempo: depois que me guiam - os silêncios - sou toda dos resquícios que eles deixam em mim.
ainda bem...
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