é certo que estou demais a pensar na posição dos astros, desde que ocê se foi. fico daqui imaginando até onde é que vai o infinito e se, chegando lá, não haverá de existir uma curva que aparece só pra reiniciar tudo o que envolve a nossa noção de fim. não possuo a resposta pra todas as coisas. no entanto, bastaria que todo esse turbilhão de silêncio passasse, pra que eu então pudesse ir embora sem pensar no que é certo ou errado, nem no que senti. verdade mesmo, é que aprendi a duras penas que a ausência de respostas pode ser muito mais dolorida do que um não ou um sim: ninguém deveria existir na dúvida do que poderia ter sido, quando se há ainda coragem para o ser. mas daqui, debaixo desse céu que me brilha em estrelas quando às vezes anoitece, eu desisti de esperar por milagres e de desejar que existam abrigos tão luminosos quanto um sorriso teu. não careço de muito pra viver: um pouco de papel, alguma caneta com muita tinta, um tanto de solidão, a espera por meus outonos. algumas coisas não devem ter a ver com a forma com que os planetas se organizam. mas às vezes, eu gosto de acreditar que sim...
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