terça-feira, 30 de outubro de 2018

. por partes .

.tudo, em mim, parece querer dizer-me outro nome, 
que não o teu. porém, me teimo em desenhar-te onde não és; 
em escrever-me onde não somos; 
em viver-nos onde há tanta poeira e pouco céu. 
sabes que sonho o amor, como quem planta roseiras sem esperar espinhos. 
sabes, que admiro os dias solares, como se meu peito fosse 
um girassol a buscar um fecho de luz em dias nublados; 
sabes que já te esqueci... 
não o amar-te, pois disso sei que não me esqueço. 
mas deslembro aquela frase doce, que me dizias sempre ao acordar: 
"vais ser feliz, minha pequena... aos grãos de nuvem que te cortam o chão". 
não sou feliz, nem aprendi a ser triste... 
sou só silêncio e brisa...



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