não que não fosse feliz.
ou que não se emocionasse mais com pequenas coisas e gentilezas.
ou que, ainda, não se assustasse mais com as cenas e os filmes de terror.
a diferença é que agora tudo era um pouco mais real que o tempo de antes. "e a realidade pode ser cruel", ela já sabia, desde bem moça, quando deixara de acreditar em grandes ilusões.
eu tentei lhe dizer que, embora bonito, o mundo é uma pequena armadilha. em que é preciso ter destreza para não cair em desrazão.
"não vá se arriscar nessa corda bamba, querida! equilibrando-se entre mágoas e ilusões".
mas todo contrário é indelicado quando se tem sonhos. e toda dor é grande quando permite se ferir demais.
não há lágrima que cure.
mas a gente bem sabe que há tempo que cicatrize. e que faça adormecer qualquer solidão...
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