ei, eu sei que anda meio hard falar de amor. ou de qualquer outra coisa que nos comprometa além da nossa liberdade inventada. mas olha, se cê parar pra pensar, 15 anos não são 15 dias. e é óbvio que eu senti tanta saudade: e isso não quer dizer que a gente deva se comprometer a eternidade. mas sei lá, de repente cê poderia vir. aqui fica fresco quando chove e sempre tem um passarinho que canta em minha janela ao amanhecer. cê não precisa ficar por muito tempo, só o suficiente pra me contar sobre a posição dos astros, o que cê aprendeu sobre as flores, sua vontade de ir em frente...
tem um ônibus direto pra tua cidade saindo uma vez por dia da minha; eu te acompanho até a rodoviária enquanto a gente conclui o quão estranhas são as despedidas. cê não precisa acenar da janela do ônibus, nem dizer adeus se não quiser. e nem pensar em amor, essa coisa assustadora, quando chegar em sua cidade cinza. eu vou fingir que não sei de nada também e a gente segue assim, livre, nem que seja até a próxima saudade...
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