- De repente não tinha mais nada.
- E isso é bom ou ruim?
- Não sei... mas queria descobrir.
- Quer falar sobre o que está sentindo?
- Não, não precisa...
- Tem certeza?
- Ah... sinto um vazio e só. Mas pode ser fome. Hoje ainda não comi.
- E por que não comeu?
- Não sei. Sei que não consegui, tô sem fome, talvez.
- Tenho notado você meio triste...
- Não... as coisas estão só meio sem sal... nem sal nem açúcar... meios termos.
- E você que sempre dizia não gostar de meios termos...
- É... mas descobri que eles são necessários. É preciso manter um equilibrio!
- Você e suas teorias... e o vazio? Preenchendo?
- Não sei... parece que não. Tá tão estranho!
- Me lembrei do balão...
- O que tem o balão?
- Aquele, que crescia dentro de você.
- Ah sim! Murchou... até as flores, tão cheias de beleza murcham um dia. O balão também tinha que murchar...
- É uma pena.
- O quê?
- Ver você triste.
- Não sinta pena...
- O que queres que eu sinta então, além de pena e também tristeza em ver você triste?
- Faça como eu... não sinta! Apenas deixe esvaziar
3 comentários:
eita...
se quiser eu sopro o balão...
:-/
esse negócio de vazio me incomoda muito... :-/
se eu pudesse comprava um dispositivo que preenche os corações e as vidas de forma automática...
sei como é.
ou melhor, não sei. não sei o que querer ou o que fazer. estranho,não?
Postar um comentário