sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Despedida

De malas prontas, já tudo guardado, ela começou a pensar no significado e na importância das coisas.
Por coincidência (ou não), te encontrou nos detalhes mais bonitos... esses que causam alegria e que muitas vezes, levam embora pra bem longe a solidão.
Por um instante exitou. Lembrou das coisas que construiram juntos, da simplicidade das manhãs e sentiu uma quase vontade de ficar.
Mas não queria, não podia, não devia...
A gente sempre sabe quando é hora de ir. Um sorriso largado no chão, uma alegria presa na garganta, um amor se transformando em qualquer outra coisa, dessas dificeis de explicar mas que machucam lá no fundo do peito, mais que qualquer outra ferida.
Ela sabia que o amor nunca ia acabar, mas que podia mudar, desse jeito mesmo, como já estava mudando.
Aí, ela pegou as coisas, chorou um pouco e foi, sem saber pra onde, nem sequer se ia voltar.
Muitas coisas dispensam respostas imediatas. Mas precisam acontecer... mesmo assim.

4 comentários:

Levy Vargas disse...

Debora, seu texto caiu com uma metáfora perfeita pra mim ... !

Liv Milla disse...

Lindo seu texto!

Mas é só ficção, né?!

Fabí Cinalli disse...

nossa... me tocou, porque passei por uma situação dessa a pouco... senti-me ai, em teu texto.

Anônimo disse...

Até que enfim um blog interessante de ler.