domingo, 18 de abril de 2010

Das surpresas

De repente, um novo velho som lhe chama atenção.
Em fração de segundos, tudo voltou a mente como se nunca tivesse saído de lá.
Tão automático como nunca foi.
Um jogo de perguntas e respostas curtas marcando o início.
Tempo, demora, desgaste.
E por mais que doesse, ela quis ficar.
Tinha que descobrir de onde vinha o gosto do desgosto.
Se era de dentro dela, se era das palavras indiretas, se era dos sentimentos incompletos.
Aos poucos, o pouco foi se rompendo.
O resto foi virando nada, a mágoa foi virando dor.
Em que momento teria se perdido?
Alguém falou do tempo? Das horas? Do sentimento?
Alguém marcou no relógio?
Não... ninguém sabia onde as cores tinham ficado.
Mas mesmo assim, de vez enquando parecia que a noite queria lhes devolver o que ficou perdido...
... pelo menos antes do dia acabar...

[ao som de 'Special Needs', Placebo]

2 comentários:

Natália Oliveira disse...

"o gosto do desgosto" as vezes eu acho que a gente gosta do gosto do desgosto a tal proteção que conversamos com fritas e alcool. as vezes tudo volta num segundo, só o tempo que num volta, as coisas se perdem pelo caminho. ninguém marca as horas mesmo, quando a gente vê já foi.é pequenina a conversa de hoje na mesa, me remete ao que decidimos. vamos viver as coisas e vivê-las sem medo. esse seu texto me dá uma coragem maior. precisamos parar de nos proteger de nós mesmas. chega que eu tô viajando. hahaha beijo lhe amo

B. disse...

quero um abraço =~