sábado, 8 de setembro de 2018

. breve poema presente .

ouço uma canção antiga, em meio ao teu programa de rádio preferido.
de certa forma, ela canta: "onde quer que estejas, sei que pensa em mim como penso em ti".
pretensão minha: achar que pensas em mim. que me fala às tuas paredes. que me encontra em tuas esquinas.
sou só um poeta... que acha graça no passar do tempo; que tem mais metáforas que lembranças; que sabe de cór todo o alfabeto francês.
só alguém. 
que já farto de andar vazio, achou no vento um jeito de se preencher. 
que já exausto de ser companhia, viu na solidão uma maneira fácil de não esquecer.
que já um pouco velho, e tão antigo, não sabe bem portar as palavras na voz. e por isso acha melhor escrever...
vê? desde que chegaste, nas canções desse programa de rádio, faço uma rima por dia, na esperança de que cê leia.
e perceba em minhas entrelinhas, toda extensão desse tão simples bem-querer.
que é teu, embora diante de ti, eu sempre encontre a maneira mais gentil de me pertencer...


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