segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

. respiro .

no breve espaço do tempo que pareia com meu coração, penso nas formas de existir, essas que nos gastam pouca pressa.
é preciso ter olhos leves pra ver o canto dos passarim, o rastro voo da borboleta, o vento pétala d'uma flor.
coisa toda que mora do lado de dentro e que cá no fundo, a gente precisa regar todo dia, mesmo entre tanto estranhamento de viver.
porque se a gente não cuida da forma nossa de ser verbo e infinito morando mesmo no amor, seguir adiante fica a cada dia mais esquisito.
e a gente mesmo foi feito pra se reconhecer:
no riso,
na força,
na luta,
na fé...
amarrar fita de Senhor do Bonfim, carregar pimenta e sal grosso, ter pedra que for de proteção, agarrar firme na reza e na oração. 
não importa muito de onde é que vem o jeito nosso de acreditar...
certo é que a gente aprenda a ser som depois de tanto silêncio vivido no peito e na garganta. 
e comece outra vez...



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