domingo, 28 de agosto de 2016

.[do livro de cartas] sobre o amor.

querida Alice,

voltar não estava nos meus planos. e acho até que nem nos seus.
mas li, semana passada, um texto que me lembrou uma de suas cartas: "porque às vezes o amor nos alcança. às vezes, não". por isso resolvi te escrever. saber como você está. como sobreviveu aos ventos de agosto. como tem sentido a primavera. se tem sido fácil seguir.

o amor te alcançou, Alice. vê só que coisa mais bonita... 
e ele te alcança a todo tempo: quando você sorri, quando você sonha, quando você tem fé, quando você encontra suas memórias e ouve suas músicas preferidas. e ele só te alcança, querida, porque é bonito permanecer ao lado do seu coração, ouvindo suas batidas leves e descompassadas, nesse samba antigo que é o seu viver.

por isso, minha Alice, não se amedronte se o passo mudar de cor, se o tempo passar depressa demais, se o vento virar de direção. se atenha à prece do seu coração. ela sempre vai te guiar pelo caminho mais bonito. e eu vou estar sempre por perto. que nem margarida. que nem cheiro de flor.

com afeto,
Salvador.

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