lembro como se ainda fosse hoje: achavas engraçada essa ideia de comer o amor.
ah, amor! esse sentimento que era tão inalcançável, mas que você aprendeu, aos trancos e barrancos, que é preciso ter muita garra (e doçura) para não deixá-lo fugir por entre os dedos.
não me venha com essa tristeza nos olhos, querida. lembre desse amor que despedaçou, com aquele mesmo sorriso que me davas ao comer o primeiro doce.
o que não tem remédio, remediado está. e isso não fui eu quem inventou: foi o tempo.
apruma esse peito! lembre que é outono, e não se deve ter melancolia em nossa estação do ano preferida.
com amor (inteiro),
Bisa.
ps.: compre um abacaxi grande. reserve quatro xícaras de açúcar e duas gemas para o creme.
separe mais dois copos de leite, três ovos, duas colheres de manteiga, dois copos de açúcar, quatro copos de farinha de trigo, duas colheres de fermento em pó e o nosso principal segredo: amor, esse incondicional que tens nos olhos, no peito e nas mãos. traz isso tudo aqui pra casa na sua próxima folga.
e vou lhe ensinar a não ter mais medo dos sabores do passado;
ps2.: talvez seja apenas impressão. e o amor esteja inteiro, ainda, onde sempre esteve. e sua miopia não te deixou ver...
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