domingo, 11 de novembro de 2012

. coisa de esquecer .

- não deu certo porque a vida sempre foi urgente demais pra você, Alice. às vezes o próximo passo precisa ter medidas; às vezes a gente precisa dormir; às vezes 9 da manhã é horário de se estar saindo, não chegando. não teve amor, mas eu gostei de você com uma ternura de domingos amanhecendo. quis te levar pra casa, colocar pra dormir e fazer um café forte com torradas pra te acordar. quis caminhar ao lado pelo parque e tirar uma foto com legenda pronta, teu rosto no meu ombro, um meio sorriso demonstrando paz, coisa de afeto, carinho, delicadeza. quis te fazer entender que, sem pressa, a gente encontraria sim o nosso lugar, construindo uma porção de sonhos, como você sempre desejou. quis tanta coisa bonita, minha querida. que se não fossem as urgências dos seus 20 anos, teria sim se transformado em amor. foi quase Alice, quase! mas deixou de "quase ser" porque aprendi a me proteger de você, seus sumiços, suas histórias e sua coleção de amores. deixou de "quase ser" porque, aquele dia que você preferiu ficar sozinha no bar porque precisava beber e ver o dia nascer de tanto dançar, eu prometi pra mim que você seria minha melhor amiga de sextas e sábados e que aquele sentimento maluco, que vinha acompanhado de uma vontade de te ver quando você não estava, ia evaporar em silêncio, da mesma forma que insistia em chegar e ficar.
Eu tentei Alice. pouco, você pode até dizer. mas já deveriam ter te dito que, além de paixão, seus olhos também alertam "cuidado". e eu, que vinha da vida com o coração magoado e cheio de cortes que vez enquando ainda sangram, achei oportuno me retirar. e esquecer que você quase mudou o tom da minha vida inteira...

Um comentário:

Anna Júlia disse...

"Fala pra ele
Que ele é um sonho bom
Que mudou o tom
Da tua vida"