quarta-feira, 25 de abril de 2012

à espreita

... não. Deus não havia se esquecido dela porque Ele não se esquece de ninguém... às vezes solta nossa mão para que aprendamos a caminhar sozinhos, como mãe e pai fazem, quando tentamos dar os primeiros passinhos. Nos soltam naquele corredor comprido, mas ficam à espreita no canto da porta, para nos socorrer se acontecer um tombo, nos levantar se perdermos a coragem de fazê-lo sozinhos.
Deus também é assim pra mim... solta nossa mão quando acha que somos realmente capazes de enfrentar as situações da vida e a toma de novo, quando percebe que já suportamos o bastante, o tempo necessário para que ele nos segure outra vez... sempre nos observando à espreita. Sempre cuidando do nosso coração...

segunda-feira, 23 de abril de 2012


"Adia os compromissos, joga fora a agenda,
desamarrota o coração
e deixa de ser feliz com hora marcada..."

Caio Augusto Leite

segunda-feira, 9 de abril de 2012

" (...) É porque volta e meia ela esquece que tem olhos verdes e chora por miudezas que arranham seu coração. Talvez um dia ela fuja, com o braço apoiado na janela do seu carro e uma mão descansando no volante, olhos firmes no horizonte. Se descubra do outro lado do Atlântico, quem sabe? Não se sabe. Mas, a verdade é que agora ela só quer tomar um chá quente e adormecer sem medo de sorrir. Ela quer acordar amanhã e poder dizer que gosta de Viver. E que sim, ela pode ouvir suas baladas românticas, usar seus argumentos repetitivos, sentir medos e angústias e continuar. Porque eu sei que ela pode ser ela mesma."

'Orgulhosa demais, frágil demais', por Lucas Simões em Me Chama no Palco

terça-feira, 3 de abril de 2012

Além de tudo...

... eu não perdi a direção.
Só estou tentando encontrar outro caminho...

Os dias amanheciam claros e seria bobagem, então, ficar preso mais um dia dentro de um quarto abafado e quente. Afinal, além de tudo era outono. E outono sempre tem um jeito muito particular de chamar a gente pra fora, de levar a gente pra vida. Gostava da rua quando era outono. Porque o vento era mais fresco. As tardes eram mais leves. Os passos eram mais fáceis, se gastando ao procurar pisotear as folhas-secas-amareladas-caídas-no-chão. Por isso sair. Ir lá fora ver a cor do dia. Mas fazia tempo, seu moço, que ela não saia pra ver qualquer cor. Que ela ficava colecionando pedacinhos de manhãs. Por que o que é a felicidade senão um emaranhado de sorrisos e melancolias, se juntando tentando virar um jeito de levantar e ir, mesmo em meio a tanta indecisão?
E ela, que só quis o tempo todo ser feliz, nem sabia mais se podia porque algumas vezes, as coisas ficam um pouco caras...
E se doer. E fazer o outro doer. Era melhor mesmo ficar. Silenciar. E ficar apenas imaginando "e se"...