quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Por aqui.

Eu tava pensando que de repente a gente podia deixar de lado todas as desavenças da vida e ser feliz sabe. De mansinho, devagar, sem pressa, um dia de cada vez, antes que o mundo acabe. Não precisa rir. Já parei de acreditar nessas histórias que o fim de tudo está datado para o ano que vem, como me contaram. Pra falar a verdade, depois dos meus últimos “imprecionismos”, pararam de me contar. Disseram querer poupar minha alma frágil desses assuntos dolorosos, nos quais não acredito mais. Mas eu sei que tudo acaba um dia. Pode ser hoje mais tarde ou amanhã de manhã. A gente pode receber uma proposta de emprego irrecusável do jeito certo como sempre sonhamos e ter que voar para o Japão ou pro Alabama sem sequer ter muito tempo para se despedir e viver o que ainda não foi... ou a gente pode morrer... tragicamente num acidente indo pra casa, num atropelamento, bala perdida, infarto fulminante ou morte de alma querendo descansar mesmo. A minha anda tão cansada... mas eu tô feliz, como não ficava a bastante tempo, sem fixar muito minha atenção nas tristezas e desavenças e focando nas simplicidades que fazem sorrir... eu tenho medo sabe. Da gente se desgastar e correr pra buscar abrigo em outra morada, cor em outro olhar. Porque é assim que acontece. Já vi várias vezes isso acontecer, deixando as pessoas sem ação e alguém sempre sangrando mais que o outro. Então, pensa! Se não tá na hora da gente virar as esquinas de mãos dadas e sorrisos largos, sem perder tanto tempo com bobagens e grandezas. A vida é simples e doce, meu querido. Sim. A gente sabe que é...

Um comentário:

Suelen Citroni disse...

Lindo texto. Dá pra sentir a emoção de cada palavra arrepiando o braço!