segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia

é primavera, minha querida. Tempo de renovar a terra das flores e de se atentar ainda mais para as alegrias do coração. Porque elas existem pequena. Por mais que chova e o céu fique nublado e o dia esteja um pouco frio. Vai dar tudo certo, eu prometo! Aconteça o que acontecer: vai chegar o dia de sorrir, colher os raios de sol, contar estrelas sem apontar o dedo, adivinhar desenhos nas nuvens. Agora, sossega esse coração! Cuida dele com carinho, como se fosse tão frágil quanto um pequeno cristal. Porque é. Frágil, delicado, leve e isso nunca irá se perder. Então vai: veste teu sorriso mais bonito e acredita na vida outra vez. Todo dia é dia de renascer...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O que a arte representa para você?

Ando meio ausente daqui, bem sei...
Mas a vida também anda meio corrida e vim hoje, deixar um pedacinho das coisas que andam me consumindo tanto...
O vídeo abaixo foi roteirizado e editado por mim, para um projeto pessoal (que em breve também darei notícias aqui) e para uma disciplina que curso no meu penúltimo (ainda bem) período da faculdade...
Foi feito com carinho e me deu uma baita alegria vê-lo pronto, quase como imaginei.
Então, divido com vocês, meu primeiro video.
Espero que gostem. =)


domingo, 23 de outubro de 2011

Chocolate quente.

A chuva caía lá fora e por alguns pequenos instantes, do lado de dentro, eu desejei que o tempo voltasse - em cheiro, em imagens, em cor.
Mas aí, Deus, grandioso do jeito que é, nessas indas e vindas, dentre milagres e realizações, me lembrou que a gente deve (no entanto e contudo) viver o presente, por mais que o passado tenha sido mais bonito. E é justamente nessa hora que a gente sorri, enxuga o rosto, arruma o cabelo, pára de roer as unhas e as colore com um vermelho bem vivo, enfeita o rosto e vai pra luta... como se realmente valesse a pena.
Lê um livro, ouve uma boa música, caminha pelas ruas de um domingo vazio, frio e meio chuviscante, ri sozinho com as boas lembranças, paga caro por um copo pequeno de chocolate quente só porque é tarde e o mercado já está fechado e a Maizena da padaria acabou e é completamente inadimíssivel dormir sem a felicidade de um chocolate quente.
E descobre, em fim, que é possível sobreviver em meio a tanta saudade...
"A vida vale a pena meu bem! Quando se coloca nela uma pitada de poesia..."

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Por aqui.

Eu tava pensando que de repente a gente podia deixar de lado todas as desavenças da vida e ser feliz sabe. De mansinho, devagar, sem pressa, um dia de cada vez, antes que o mundo acabe. Não precisa rir. Já parei de acreditar nessas histórias que o fim de tudo está datado para o ano que vem, como me contaram. Pra falar a verdade, depois dos meus últimos “imprecionismos”, pararam de me contar. Disseram querer poupar minha alma frágil desses assuntos dolorosos, nos quais não acredito mais. Mas eu sei que tudo acaba um dia. Pode ser hoje mais tarde ou amanhã de manhã. A gente pode receber uma proposta de emprego irrecusável do jeito certo como sempre sonhamos e ter que voar para o Japão ou pro Alabama sem sequer ter muito tempo para se despedir e viver o que ainda não foi... ou a gente pode morrer... tragicamente num acidente indo pra casa, num atropelamento, bala perdida, infarto fulminante ou morte de alma querendo descansar mesmo. A minha anda tão cansada... mas eu tô feliz, como não ficava a bastante tempo, sem fixar muito minha atenção nas tristezas e desavenças e focando nas simplicidades que fazem sorrir... eu tenho medo sabe. Da gente se desgastar e correr pra buscar abrigo em outra morada, cor em outro olhar. Porque é assim que acontece. Já vi várias vezes isso acontecer, deixando as pessoas sem ação e alguém sempre sangrando mais que o outro. Então, pensa! Se não tá na hora da gente virar as esquinas de mãos dadas e sorrisos largos, sem perder tanto tempo com bobagens e grandezas. A vida é simples e doce, meu querido. Sim. A gente sabe que é...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

...

"Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz. Veja se pode. Não dá, assim não dá. Deveria ter cadeia pra esse tipo de elemento daninho. Pior é que vicia. Não é que acordei me achando hoje? Agora neguinho me trata mal e eu não deixo. Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar. Dei de achar que mereço ser amada. Veja se pode. Chega um desavisado com a coxa mais incrível do país e muda tudo. Até assoviando eu tô agora."

Tati Bernardi


domingo, 16 de outubro de 2011

Despedida...

Aí ela ficou  parada no portão, olhando meio de lado, até o carro virar a esquina e sumir em frações de segundos.
Não sei o que ela pensou nem o que queria dizer. E nem sei, ao menos, se queria mesmo dizer alguma coisa... 
e ainda assim, entre tantas dúvidas e querencias, talvez dizer nem precisasse.
Ou vai ver ainda (e talvez) dissesse naquela voz-inha doce, já meio fraquinha e cansada, qualquer coisa que fosse me fazer chorar, tanto como agora. 
E me deu uma vontade de voltar correndo e dizer que os três pedidos da vela se tornaram um só e era que ela fosse muito feliz. E na conversa com Deus, que há tanto tempo eu não tinha, eu só sabia dizer que queria que ela vivesse muito pra realizar meu sonho de fazê-la tranquila e com todos os mimos e presentes e sorrisos que desejar...
No entanto, permaneci em silêncio... cheguei em casa, desembrulhei o lanche que ela preparou com tanto carinho, respirei fundo e liguei pra dizer da chuva, pedi pra correr pro banho e dormir porque amanhã é outro dia... 
"A benção mãe!"
E Deus me abençoou.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Exercício...

… ou a tentativa de escrever um bom texto quando não estou triste.

Hoje acordei e resolvi fazer tudo no meu tempo. Levantei, lavei o rosto e escovei os dentes com calma, sem pressa de horários a cumprir. Tomei meu café sentindo o sabor do suco (era de maçã) e o gosto do pão francês (que comprei na noite anterior). Coloquei uma roupa confortável, desci as escadas devagar, sem pular nenhum degrau, atravessei o viaduto sem pressa para não cansar, parei na barraquinha na estação do metrô e comprei um chocolate, sem me preocupar em correr para entrar no trem que seguia para o meu destino (em cinco ou oito minutos teria mais um). Respirei fundo a cada minuto e nessa manhã não me faltou ar, como de costume. Por um segundo, franzi a testa no meio do caminho e quase reclamei uma pessoa que andava devagar. Me segurei... e sorri! Porque hoje, mesmo que dure só pela manhã, eu resolvi querer a leveza, ao invés da dureza que andava rondando, querendo “infartar” meu coração.
Eu resolvi não escrever apenas textos tristes também, como dizem que aqui é cheio deles... porque de agora em diante, minha vida se transformou em um exercício de pequenas coisas, pequenas simplicidades. E escrever enquanto estou feliz, vai ser uma alternativa para externar tanta alegria...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

...

"Algumas pessoas nasceram para ficar sentadas junto a um rio, algumas são atingidas por raios. Algumas tem ouvidos para música, algumas são artistas. Algumas nadam. Algumas conhecem botões. Outras conhecem Shakespare. Algumas são mães. E algumas pessoas dançam!
Se quer saber, nunca é tarde demais ou cedo demais para ser quem você quer ser. Não há limite de tempo. Comece quando quiser. Você pode mudar ou ficar como está, não existem regras para isso. Pode tirar o máximo de proveito, ou o mínimo. Espero que tire o máximo! Espero que veja coisas surpreendentes. Espero que sinta coisas que jamais sentiu. Espero que conheça pessoas com pontos de vista diferentes dos seus e espero que tenha uma vida pela qual se orgulhe! E se descobrir que não tem, espero que tenha forças para começar tudo de novo."


Do filme : "O Curioso Caso de Benjamin Button"

domingo, 2 de outubro de 2011

Esquecido

Não é tristeza não seu moço. É outra coisa qualquer que ainda não sei o que é, mas que vai passar, como sempre passou.
Sim... já senti isso antes, várias vezes até. Parece fome, de tão vazio. Mas não. Nem é coisa de corpo, de físico, ou muito menos de vontades. É coisa de alma sabe? Daquelas que precisa muito estudo para explicar e paciência, em doses moderadas para suportar. Eu sei que é difícil compreender, mas deixa que o silêncio também faz bem. E a solidão? É remédio meu querido... faz a gente resgatar as coisas boas da vida, as lembranças que fizeram sorrir num passado não muito distante, mas que só vai se afastando com os dias e os novos planos e a correria cotidiana e as boas (e também as más) novas que encontramos pelo caminho. Acontece que hoje nem a mistura de aspirina com novalgina curou a dor e a esquisitice de ser sabendo-se que não se é mais o que sempre foi nem muito menos o que sempre quis ser. Tá faltando poesia, eu sei. Faltando estrofe rimada, faltando verso bonito que nem canto de passarinho pela manhã.
E enquanto escrevo, meu quarto vai se enchendo daqueles bichinhos voadores que lá no interior a gente chama de ciririca, mas que aqui, dizem que são cupins voadores... 
Não é tua culpa meu bem. Nem os bichos que voam e sujam o chão com suas asas, nem o vazio que vai me deixando me esquecer. Devem existir nesse mundo, lugares em que construir alegrias vale mais do que silenciar e culpar os olhos do outro por errar...

sábado, 1 de outubro de 2011

...

"Não se concentre tanto nas minhas variações de humor, apenas insista em mim.Se eu calar, me encha de palavras, me faça querer dizer outra e outra vez sobre você, sobre nós, e todo esse amor. Se eu chorar, não me faça muitas perguntas, não precisa nem secar minhas lágrimas. Só me diz que você continuará comigo pra tudo, que tenho teu colo e teu carinho. E ainda que te doa me ver assim, me envolva nos teus braços e diga que eu posso chorar, mas que você não sairá dali enquanto eu não sorrir. Porque é isso que nos importa, não é? O sorriso um do outro. Não é?"
Caio Fernando Abreu