domingo, 25 de setembro de 2011

Cinza

... perdeu-se a cor do dia que, indeciso se fazia sol ou se deixava chover, já havia acordado meio cinza. Dos olhos embaçados, escorriam lágrimas que pareciam nunca mais parar... e ela pedia a Deus que lhe desse força porque a dor nunca tinha doído tanto, porque a gente nunca sabe o que fazer quando dói... restava agora saber encontrar um caminho, que lhe devolvesse o que ficou perdido em algum lugar e que não lhe tirasse mais nada, ao menos por enquanto...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lembranças...

Vivi um tanto de tempo agarrada a coisas e pessoas que hoje (felizmente, eu acho), não me fazem diferença em suas ausências. Ah mas já fizeram um dia. Já me doeram como corte profundo daquelas facas pequenas e super afiadas que só encontramos hoje em dia, na casa da mãe da gente, guardada no fundo da gaveta, enrolada em papel jornal.
Acho que no fundo, sempre fui diferente. Na escola, quando passei a fase de me sentar sempre na primeira carteira da fila do meio, fui me encolhendo nas beiradas e nos fundos, que era pra ninguém me reparar. Mas sempre tinha aqueles (mais reclusos, ou o mesmo tanto que eu) que também se escondiam, fosse para rir, para dormir ou para aquietar mesmo, em suas solidões que no fundo, só existiam (talvez) fora dali. Houve um tempo que até tentei me misturar. Mas meus silêncios e desencontros (que nem a mim agradavam então) fizeram com que eu me encolhesse cada vez mais, como um bichinho, diferente demais pra estar ali.
Mas como sempre acontece, conforme fui crescendo, encontrei os meus... aqueles de dividir o lanche e o sol de inverno do recreio; aqueles de sentar no portão pra conversar sobre a vida e o dia; aqueles de ir à praça aos domingos mesmo que em silêncio, só pra deixar o tédio ir embora; aqueles de ouvir rock'roll e ensaiar duetos de Mozart; aqueles de ir embora pra casa à pé quando o mês era longo demais pra um dinheiro sempre curto; aqueles de esperar na porta do trabalho pr'um sorvete e de perder tardes de sábado fazendo doce ou cookies da revista...

Sinto falta dos meus todos os dias. Porque embora eu não acreditasse na época, acho que não tive ainda dias tão felizes como os de olhar a vida cheia de medo na beira do caminho e ter sempre uma mão que, mesmo também muito temerosa, não receava em se estender e me fazer ir, pr'onde quer que fosse, pr'onde quer que eu quisesse ir. Quando relembro, é que me dá até um frio na espinha, de perceber o quanto tudo mudou e de sentir tanta saudade da fragilidade que eu tinha, da pequeneza que eu era...
E hoje, tão saudosa assim, eu rezo a Deus que não me deixe nunca perder dos meus, mesmo que a gente esteja meio assim distante, mesmo que talvez, quando nos encontrarmos, nem eu os conheça, nem eles me reconheçam mais... esse talvez, seja hoje o meu maior medo...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E o que vai ficar na fotografia...


Voei!
Pôr do sol em Florianópolis, sobre as nuvens e o mar... =)


Ela rezava a Deus todas as preces que ainda sabia, pedindo que livrasse de todo o mal e de toda sombra que apetecia seu coração... rezava porque ainda tinha a esperança  de que existisse no céu uma pequena lembrança, que pudesse devolver-lhe um sorriso qualquer.
"Existem coisas na vida que não deveriam ser esquecidas..."
Mas são minha querida... com a frieza dos que parecem sem coração ou com a delicadeza dos que parecem sem memória... 
A verdade é: tudo se esvai devagar quando não temos mais onde segurar...
Naquele momento ela não tinha... nada além que suas orações e um pranto doído pra chorar...

"quand le moment vient, faut sauter la barrière sans hésiter"

Em Gramado...

02/09/2011


 "A cada dia que passo aqui, mais a cidade me surpreende. Desde uma rotatória móvel (com rodinhas e tudo) no meio de uma das principais avenidas, até a bela arquitetura que me faz pensar até, que estou em outro país. Fora a temperatura: acho que nunca passei por dias tão frios (setembro começou por aqui com temperaturas abaixo de 0°).
O que mais me encantou, no entanto, foi a gentileza das pessoas. Cada carro que parava para que atravessássemos na faixa de pedestre ou cada informação acompanhada de um sorriso e carregada de simpatia, fez com que eu sentisse uma vontade enorme de ficar mais e conhecer mais sobre esse lugar que arrisco até chamar de encantador.
O taxista essa manhã, disse que aqui não tem favela, subúrbio. E que a violência, é muito pequena, quase não se ouve casos. Comem muito bem por aqui também. O restaurante em que almoçamos ontem e o Pub no qual lanchamos as três da manhã, quando chegamos, nos serviram muito bem (o X-bacon deve dar uns dois do que como em BH e os preços nem sem tão diferentes assim). Hoje de manhã no mercado, o atendente até disse que o sotaque mineiro é bonito e que gosta bastante do nosso “uai”.
Ainda tenho mais um dia e meio para aproveitar mais esse frio. Em meio ao trabalho diário que temos que desenvolver (e que tem me feito gostar mais da profissão que escolhi), sempre dá pra escapulir e ver o céu azul bonito de dar gosto lá fora. Eu arriscaria mais uma vez, dizendo que para mim, esse lugar respira poesia. Ainda não tive tempo de parar para pensar em querer ficar por aqui. Acho que às vezes, pode ser porque Gramado, na minha opinião, parece nem existir…"

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Em Gramado...

Estou um pouco ausente daqui nos últimos dias, é verdade.
Mas não posso deixar de compartilhar (mesmo que rapidinho) a experiência maravilhosa pela qual estou passando esta semana...
Estou em Gramado, no Rio Grande do Sul. Uma viagem de trabalho, que tem me enriquecido muito.
Deixo aqui o link para que, quem desejar, acompanhe o trabalho que estamos desenvolvendo nesses três dias de Festival de Publicidade, um dos maiores do mundo.
Expedições ICA
Quando voltar para minha quente Belo Horizonte, contarei um pouco do que vi dos lados de cá.

=)