quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Se não fôr de destino...

Encontrou no bolso do casaco vermelho, um papel amassado já lavado, com uma frase escrita em letras quase apagadas: "que todos os sonhos se tornem realidade".
No rádio, era a hora do almoço e um programa tocava o primeiro movimento do concerto para violino de Sibelius.
Últimos dias de inverno nublavam o céu e deixavam o vento mais frio.
Agosto. Tudo acontece a partir daí. Sempre aconteceu.
O ar se torna mais pesado e o olhar também.
Daí as emoções se intensificam em Setembro, as revelações se apresentam em Outubro e até chegar Novembro, nada entra em um lugar...
Sempre falta ou sobra alguma coisa, sempre acontece uma incerteza na primeira esquina de dentro. As esquinas de fora, ela nem se preocupa em olhar. Esquece...
É como no outono. Só que no outono não se acha nem se perde nada...
Outono só desanuvia... só tenta entender pra esclarecer...
A verdade é que acabou virando tudo um costume, que ela pensou ter esquecido por um tempo, mas que lhe assaltou a memória pela manhã.
A verdade, é que tudo acontece o tempo todo!:
- se a porta fechar, o vento entra pela fresta da janela;
- se o dia não fizer sol, a noite vai fazer lua e se não fizer nenhum dos dois, é preciso compreender o descanso;
- se ele não voltar, a gente inventa que a vida vai ser melhor e que o coração vai encontrar outro alguém. E acredita... com fé, acontece...

De tudo, "que todos os sonhos se tornem realidade".
... ela só queria entender de onde veio...

2 comentários:

Pérola Anjos disse...

Ou refloresce, outono!

A vida nos empurra, flor!

Estou por aqui também!
Muito delicado o teu cantinho!

Seja bem-vinda!
Beijo doce!

Anônimo disse...

Poxa, muito obrigada!
Os agostos são mesmo difíceis de serem atravessados, mas com fé tudo se resolve!! =)
Obrigada mesmo por passar lá no blog,
Volte sempre!!
Um beijo e ótima quinta =*