terça-feira, 31 de agosto de 2010

Amanhã é setembro...

"Sentia algo que não podia definir,
como uma vontade louca de correr,
 de olhar o céu,o sol, as flores."
Caio F. Abreu
 


... uma calma veio lhe acordar pela manhã.
Pela primeira vez, durante todo o mês de Agosto,  nuvens brancas como algodão sobrepunham o azul claro do céu.
Prometeu que nada tiraria seu bom humor...
Nem o calor do verão querendo chegar, nem o excesso preso nas pessoas, nem as cismas, os medos e as superstições que Agosto trás.
Na verdade, nem havia bom humor.
Mas havia um desejo enorme de que ele existisse e isso era o suficiente pra insistir.
"Com um pouco de fé, a gente enfrenta quantos Agostos for preciso"
Saiu de casa como a Dona de toda Fé do mundo...
"Sorri que o dia vai dormir Agosto e acordar Setembro!"
E logo logo é primavera outra vez...



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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"Minha lâmpada de cabeceira está estragada. Não sei o que é, não entendo dessas coisas. Ela acende e, sem a gente esperar, apaga. Depois acende de novo, para em seguida tornar a apagar. Me sinto igual a ela: também só acendo de vez em quando, sem ninguém esperar, sem motivo aparente. Para a lâmpada pode-se chamar um eletricista. Ele dará um jeito, mexerá nos fios e em breve ela voltará a ser normal, previsível. Mas e eu? Quem desvendará meu interior para consertar meus defeitos?"
Caio Fernando Abreu


 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Guardar algo que pudesse recordar-te, seria admitir que pudesse esquecer-te."

Silêncio. Era tudo que sobressaía entre um chocolate gelado e uma xícara de chá. Ela não gostava de chá, mas abriu naquela tarde de sol se pondo, uma de suas raras exceções. Nas mãos, prendia Clarice Lispector com toda força. Nos pés, a sandália verde ofuscava qualquer chance de escurecer completamente a vida. Dali, talvez fosse convidada para a sessão das 19 no cinema ao lado, mas já não criava mais nem sequer expectativas. Sorriu. As mãos trêmulas sacudiam a xícara e o chá. Um gosto amargo lhe desceu pela garganta. Esquecera o açúcar aquela tarde. "Esquecera o açúcar a vida inteira", pensou. E por isso estava ali, diante de um estranho que não bebia chocolates quentes e nem café. Um estranho, que usava camisas verdes e tinha um cabelo engraçado. Um estranho, que para quebrar o silêncio, abriu a mochila, tirou uma câmera fotográfica e uma caixa de lápis de cor. "A caixa é para você. Porque ainda existe muito mundo para colorir". Não houve reação. "A câmera é para tirar uma foto sua, para que você fique sempre na minha vida". Quase chorou. Não ele, mas ela. Levou as duas mãos cheias de anéis ao rosto, evitando que um click registrasse sua dor inteira. As unhas curtas vermelhas, a doçura daquele momento. "Guardar algo que pudesse recordar-te, seria admitir que pudesse esquecer-te.", pensava mas não falava e só sentia dor. No fundo, sabia que o que doía era a realidade de se saber esquecida, e que a única forma de lembrança seria um retrato que amarelaria com o tempo. "Podia ter sido diferente?", perguntou enquanto engolia um misto de choro e chá. Podia ter sido diferente... se tivessem se permitido. Se ao invés de perguntas, tivessem se preocupado apenas com as respostas. Se ao invés dos trovões e relâmpagos, tivessem apenas sentido os pingos da chuva. Se ao invés de paredes, tivessem construído sonhos...
"Preciso ir.". Tirou do bolso uma nota num valor qualquer, deixou na mesa e se despediu. Coração na boca, suor nas mãos. Um abraço. Apertado. "A gente se vê!"... 
Ele ficou no vidro, olhando até ela sumir. E ela virou a esquina e chorou.
Ambos sabiam que que não iam nunca mais se encontrar.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Com um pouco de delicadeza...

... saiu o vídeo mais lindo que já vi nos últimos dias.
Coisa mais doce, mais leve e colorida!
Não podia ir pra qualquer outro lugar, sem passar por aqui e por vocês... =)


... o encanto de Thiago Pethit e "Mapa- Mundi"

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

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 "Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Segunda- feira...

... ao longo da vida, nos deparamos com pessoas o tempo todo.
Aparecem as que vão ficar pra sempre! E as que vão sumir como fumaça, na próxima esquina.
Aparecem aquelas nas quais confiamos desde o primeiro momento. E as que "o santo não bate" de jeito nenhum.
Aparecem as que decepcionam com suas palavras ou com a ausência delas... e as que impressionam e surpreendem com suas delicadezas.
Aparecem as que parecem ter vindo para fazer chorar... e as que assustam a tristeza, com sua capacidade imensa de fazer sorrir...
Aparecem as que deixam rastro de dor pelo caminho... e as que não deixam nada além da doçura de existir.
Aparecem as que a gente não dá nada por elas... e que são realmente as que fazem toda a diferença.

Não sei, mas ultimamente, tenho me achado muito ruim para escrever.
Os dias cheios, a cabeça com um tanto de coisas pra pensar e a vida com um monte de escolhas pra resolver...
Mas eu precisava dizer de algum jeito que se uma pessoa muito especial não tivesse aparecido na minha vida, em meio a isso tudo, todos os meus domingos aqui iam parecer segunda- feira: longos e pesados...
E eu queria agradecer a ele, por toda a paciência do mundo! Todo o carinho, todos os sorrisos, toda a vida compartilhada em cada segundo.

Nada é eterno nessa vida.
E a gente passa o tempo todo procurando uma solução, sem sequer saber se ela existe.
Talvez, procurar é que não é a solução... talvez as coisas aconteçam quando a gente menos espera.
E as pessoas aparecem, vindas de onde a gente nem imagina...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

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"Eu Te Amo"
Composição: Tom Jobim / Chico Buarque
 
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sobre a solidão do encontro...

 ... parou de reclamar ausências.
No fundo, sabia que reclamações e pedidos não trariam ninguém de volta, nem aproximaria os distantes.
Silenciou... as palavras e o coração.
Vestiu o sorriso mais bonito e no reflexo no espelho, encontrou a melhor companhia.
Resgatou alguns sonhos e os guardou nos bolsos.
Tirou da gaveta toda a coragem e força que o tempo lhe deu e guardou na mochila.
Deu as mãos à sua própria felicidade e prometeu não entregá-la nunca mais nas mãos de ninguém.
Estava pronta pra encarar as manhãs azuis e as noites estreladas dos dias que ultimamente, tem sido tão frios.
Frio? Sim...
Só por fora... por dentro ela estava aquecida, como se nunca tivesse saído de si mesma.
E com uma sensação em seu início, de felicidade se preparando pra transbordar.
Ela e ela mesma... num momento egoísta que nunca foi tão seu.

"Acho que o fato de ser só é inevitável, independe de fatos externos. " 
Caio F. Abreu

domingo, 15 de agosto de 2010

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"Pobre moço, não viu a moça.
Não o culpo, a menina tem mesmo esse dom de não se fazer visível, de não ser notada.
O olhar restrito não a deixa mostrar-se, nem ver-se.
Coleciona sensações e,não podendo vivê-las, as guarda em cantos de papel e espaços descoloridos. Dentro de si fica,calada. E não há santo que possa tirá-la de lá. Há um moço, mas ele não consegue vê-la.
Tristes são os olhos desse moço, incapazes de enxergar um palmo à frente dos nomes e números.
Tristes são os sentimentos dessa moça que, apesar da voz forte e sincera, perto dos olhos dele, permanecem mudos e calidamente amedrontados."
 

Cleice Souza (http://cleicesouza.blogspot.com/)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Do lado de dentro...

Você vai pedir licença. E ela vai dizer que está tudo bem...
Você vai sair pela manhã. E ela nem vai sentir saudade à noite...
Você vai lhe escrever cartas. E ela vai guardar tudo numa caixa...
Você vai reparar num corte de cabelo novo. E ela nem vai se importar...
Você vai dizer que é sua última chance de ser feliz. E ela vai perguntar o que é felicidade...
Você vai ficar sem resposta. E ela vai ter mais de mil perguntas...
Você vai dizer "eu te amo". E ela vai pedir um tempo...
Você vai pedir um pouco mais de atenção. E ela não vai ter mais tempo...
Você vai implorar pra ficar. E ela já estará atrasada...
Você vai perguntar dos planos juntos. E ela vai resgatar a realização de sonhos só seus...
Você vai perceber as mudanças e perguntar se ainda dá tempo. E ela vai deixar uma lágrima escapar e dizer que não...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

... porque ele sabe de mim...

... texto maravilhoso do magnifico Fabrício Carpinejar
Vale a pena ler... 

"Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada."


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Se não fôr de destino...

Encontrou no bolso do casaco vermelho, um papel amassado já lavado, com uma frase escrita em letras quase apagadas: "que todos os sonhos se tornem realidade".
No rádio, era a hora do almoço e um programa tocava o primeiro movimento do concerto para violino de Sibelius.
Últimos dias de inverno nublavam o céu e deixavam o vento mais frio.
Agosto. Tudo acontece a partir daí. Sempre aconteceu.
O ar se torna mais pesado e o olhar também.
Daí as emoções se intensificam em Setembro, as revelações se apresentam em Outubro e até chegar Novembro, nada entra em um lugar...
Sempre falta ou sobra alguma coisa, sempre acontece uma incerteza na primeira esquina de dentro. As esquinas de fora, ela nem se preocupa em olhar. Esquece...
É como no outono. Só que no outono não se acha nem se perde nada...
Outono só desanuvia... só tenta entender pra esclarecer...
A verdade é que acabou virando tudo um costume, que ela pensou ter esquecido por um tempo, mas que lhe assaltou a memória pela manhã.
A verdade, é que tudo acontece o tempo todo!:
- se a porta fechar, o vento entra pela fresta da janela;
- se o dia não fizer sol, a noite vai fazer lua e se não fizer nenhum dos dois, é preciso compreender o descanso;
- se ele não voltar, a gente inventa que a vida vai ser melhor e que o coração vai encontrar outro alguém. E acredita... com fé, acontece...

De tudo, "que todos os sonhos se tornem realidade".
... ela só queria entender de onde veio...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

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"Estou saindo de um momento muito escuro,
então tenho procurado não deixar que as minhas dores pessoais
interfiram no meu viver objetivo."

Caio F. Abreu

domingo, 8 de agosto de 2010

Segundo domingo de Agosto

Não há nada mais bonito do que a alegria de um coração ao encontrar a "pessoa certa".
A vida muda, o mundo vira de cabeça pra baixo, a dor se transforma em pedaços de sorrisos que se espalham por tudo ao redor. 
Chamam isso de estado agudo de felicidade...

Não há nada mais doído que perder alguém que se ama...
Acho que o ser humano, por ser tão adaptável, se acostuma com tudo! Menos com a perda ...
Perder dói, machuca e às vezes não cicatriza...
Vira ferida aberta, remendada, vira abismo, vazio, falta...

Queria conseguir encarar os dias, sem pensar que alguém que está ao meu lado me ajudando a sorrir hoje, pode não estar mais amanhã. 
Também não sei se queria que as pessoas fossem eternas, mas sei que queria que não saissem nunca mais de perto de mim...

Hoje, queria escrever um texto feliz, agradecendo a mamãe por ser em uma só, a melhor mãe e pai do mundo.
Queria escrever um texto feliz, agradecendo ao Nelio por ter ficado do meu lado durante todo o dia, evitando que eu me sentisse tão sozinha.
... mas eu precisava mandar de alguma forma, um feliz dia pra alguém que não está mais aqui e que tenho feito um esforço danado pra não me doer, mas que às vezes, não consigo não lembrar.

... e só.


"Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida."
Verônica H.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Das alegrias...


... como gosto de usar o blog para divulgar coisas boas, dessa vez não podia ser diferente...
dia 21 de agosto, será lançado o livro "Segunda Coletânea de Contos e Poemas da Usina de Letras".
... bom... um dos contos que será públicado é de uma pessoa muito importante pra mim, então (e não só por isso) eu recomendo... =)

Lançamento em São Paulo: 21 de agosto de 2010 às 15h no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

Estão todos convidados!

E parabéns para Nelio Souto que como ele mesmo diz, agora é um escritor de verdade...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

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"O maior elogio que eu poderia fazer a uma pessoa era dizer assim: gosto de você além da minha imaginação, não porque aprendi a gostar, mas porque por mais que eu sonhe, você é ainda melhor que o sonho.
Você é além da minha capacidade em te imaginar."

Tati Bernardi

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quando não se sabe o que fazer...

... quando não se tem muito o que dizer e o coração fica apertado demais, a gente arruma uma imagem bem bonita e fica olhando um tempão, enquanto a mesma música se repete umas vinte vezes até a memória guardar, pra conseguir cantar de cór depois...
hoje, fiquei meio sem saber o que fazer... aí separei uma imagem bem bonita, uma música que me faz querer respirar e segui em frente...
se tivesse organizado melhor meu tempo, podia até ter colhido um monte de estrelas com os olhos...
...outro dia, e foi sábado, acho que vi uma estrela cadente... mas ela passou tão depressa, que nem consegui pensar em um pedido...
... acho que não tenho um pedido pra fazer.
Mas... pensando bem, talvez devesse pedir um pouco mais de paz.
Não essa paz que todo mundo pede nos comerciais com as pombas brancas. Mas uma paz egoísta e que de tão minha, pode transbordar até atingir quem ficar por perto...
Ando precisando ser mais egoísta... mas enquanto não consigo, fico com a imagem que escolhi e a música que me traz paz...
porque eu sei que vai passar...


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um e meio

... depois de um ano e meio, perceber que as coisas estão praticamente as mesmas...
o jeito de falar, as manias, as brincadeiras.
afinal de contas, quem mais poderia me ligar 3 da manhã e gritar um "ô Débora,eu te amo"?


Kleber (melhor padeiro) e Cassio (melhor professor e parceiro de sinuca)

...dá saudade todo dia...