segunda-feira, 5 de abril de 2010

Complexo.

Guardei comigo, no bolso, a pedra que ganhei domingo de manhã pra que eu pudesse apertá-la com toda força, sempre que sentisse medo do caminho.
Saber que ela estava lá, no bolso, me dava coragem pra seguir em frente e me dava força pra suportar o que tivesse que vir.

A cabeça doía de saudade, o corpo também.
Faltavam parafusos, respostas, abraços, certezas.
Sobravam confusões, desilusões, uns pedacinhos partidos, uns caminhos desencontrados...
Eu não te encontrei em nenhum lugar.
Eu não me encontrei em nenhum lugar...
Tinha gente demais o tempo todo.
E quando fui perceber, já não tinha mais quase ninguém.
Estava tudo vazio.
Por dentro, por fora, por todos os lados...
Fechei e abri os olhos, tentando dormir e acordar com tudo diferente.
Mas não deu.
Estava tudo lá, do mesmo jeito.
Faltou coragem pra dizer que bastava.
Sobrou mágoa pra impedir de olhar nos olhos...

4 comentários:

Ana Caroline Reis disse...

sua postagem me fez sentir melhor.
Obrigada por existir.

Unknown disse...

Vontade de parar, todo mundo tem, mas o andar é incontrolável, faz a diferença. Escondidos entre milhões de rostos/caras/dores, estão os que continuam. Aos trancos e barrancos e barrancos e precipícios. São aqueles que aprendem com a natureza a se cortar e a voltar sempre inteiros.
Sou eu. É você. E mais 10% que param pra pensar e vêm que o mundo não faz o menor sentido. São os 10% que impõe outro sentido ao mundo. São 10, 20, 1000...e as vezes só 1.

Pense nisso, débs. =*

João Killer disse...

Faz muito sentido esse texto, me identifico e tenho receios do fim.

Natália Oliveira disse...

"Sobrou mágoa pra impedir de olhar nos olhos.." é isso que dói e talvez essa seja a parte mais complexa. Vou viver desviando alguns olhares e sei que vc também. Ah, como eu te entendo pequena.