segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Juntando os Retalhos

[esse texto foi baseado em uma conversa com a Nati sobre o casamento. quando ela me dizia que queria se casar e eu também disse que estava pensando nisso, mas nos questionavámos se isso iria acontecer. eis que o casamento, ou a junção dos trapos, se tornou o assunto da tarde. E nos rendeu muitos risos...]







A menina pequenina quer se casar.
Nem precisa ter véu, vestido branco ou rosas num buquê.
Basta ter um coração.
E carregar nele dois terços do amor maior do mundo.
Porque o resto dá pra inventar...
A casa nem precisa mais ser lilás.
Pode ser um apartamentozinho, pequenininho, organizado com tudo no lugar.
Um cantinho pra ela esperar o sorriso dele chegar cansado nas tardes de sexta-feira. 
E pra ele ver ela sair cedo com os olhos pequenininhos de quem ainda quer dormir só mais um pouquinho. 

Dá pra comprar um sofá vermelho e colocar na sala. Nem precisa ter TV.
Pras paredes brancas vão os quadros que ela pintar, só pra colorir.
Uma mesa com quatro cadeiras pra receber visitas, geladeira azul, um jogo com chaleira pro café.
Ao menos uma janela tem que ser pra rua, pra dar pra contar estrelas e ver o sol todos os dias.
Aos sábados dormirão até as onze. 
As tardes nunca vão ser planejadas (pra não virar nenhuma rotina qualquer).
E os domingos serão divididos com a família e os pic nics no parque (e só vão se lembrar da segunda quando amanhecer).
Ela quer mesmo se casar... juntar os trapos, as meias, os sonhos.
Achar alguém que seja simples e que cante desafinado a canção que ela mais gostar.
Nem precisa Padre, igreja, nem carro grande com latinhas fazendo barulho pelo caminho.
Só precisa existir. E ser pra sempre enquanto durar.
E que dure...
Dure pra compensar o tanto que ela tem esperado pra ele chegar.
Por mais que às vezes ela ache que ele nem vem.
Pensa que vai se formar, montar seu café, e que ele vai ficar perdido por aí.
É que ela mora num lugar muito longe. E vai até entender se ele não conseguir chegar...
Mas ele precisa pelo menos avisar que está a caminho.
Porque ela sabe que ele existe... em algum lugar.
Porque como dizem por aí, toda panela tem tampa!
E é por isso que ela anda pensando nessas coisas de casar.
Parece que chegou a hora da solidão do coração ter um fim.
E outra! Ela precisa de alguém pra dividir o mundo e os sonhos.
Ela precisa de alguém pra ajudá-la a sorrir vivendo a leveza das coisas simples e o peso das tristezas inevitáveis...
Sem se preocupar.

7 comentários:

Taw disse...

Demais!!! Demais!!! poxa... que legal!!! muito bonito, isso. É bom ler coisas assim. Espero que ele chegue logo, e que permaneçam ambos juntos!

Eu comento pouco aqui, mas gosto mesmo muito do seu blog, leio sempre!

:-P

Natália Oliveira disse...

no começo a gente quer paredes lilás e sofá vermelho ai o tempo passa e vc começa a ficar mais compreensivel e começa a achar que isso nm é tão importante assim. ai começamos a querer só um coração mesmo. mas acho que essa é a parte mais dificil. o que eu gosto é do seu otimismo e vc vai achar a tampa da panela, mesmo que ela seja um pouquinho maior. hahaha =)

Camila Sol disse...

que perfeito...deu até vontade de casar....

_Heider disse...

Legal mesmo é mulher de verdade, não importa as cores do sofá, da parede, ou se terá geladeira.A essência se encontra em dois corações quando eles amam, e amam ali, junto, bem junto, exposto ao sol...tenho certeza que a moça pequena e bonita vai se casar, hehehe....gostei muito*_*.

Danielle disse...

Dé!!! Q lindo... eu também quero rs... hum... torço muitoooo para a garotinha encontrar com o complemento do seu coraçãoz e viver sempre com o sorriso nos lábios... vivendo as emoções de cada dia... e a nos contar sua historinha a dois, cada detalhezinho mágico rsrs... Quem sabe eu não vou visitar este lar tão aconchegante encoberto de carinho e ternura...rs Torço muitooo por ti!!!^^

Nelio Souto disse...

(...)"ele existe... em algum lugar."

João Killer disse...

Me apresenta essa menina que fez o casamento parecer uma coisa ainda boa de ser vivida. Se for isso tudo mesmo, eu me candidato a ser o noivo!