terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sobre alegrias tristes...

É tudo muito rápido! E nos escorre pelos dedos com tamanha facilidade...
ah alegria.. se eu não soubesse o quanto és frágil, daria logo um jeito de desacreditar em você... 

Mas já aprendi tanta coisa nessa vida, que agora é preciso muito pra me magoar ou chatear.
E quem vê, pensa que é tudo tão fácil!
Sem entender que além do fácil, vem a saudade, a falta, os problemas, as dores que são minhas e que ninguém mais pode sentir.
Aí a gente acaba percebendo que o importante nisso tudo é ser forte, não essa força de braço porque essa eu nem tenho...
Mas força de dentro, que faz com que a gente suporte tudo que vier com a alegria de quem nada sentiu.
Eu sinto sim, embora as vezes eu prefira fingir que não...
É que as vezes, as pessoas são mais frágeis que eu! Então preciso fingir que não sinto, pra que elas acreditem que está tudo bem e façam o que deve ser feito...o que sei que é melhor.

As vezes eu me fecho dentro de mim. É meio sem querer mesmo... quando percebo já estou trancada por dentro, sem vontade nenhuma de sair.
 E as pessoas acabam se tornando ainda mais importantes pra mim, porque quando me tranco, não falo, mas ouço. E faço dos problemas delas, os meus problemas e tento ajudar e quase sempre consigo. É quando estou trancada que eu me esqueço de mim e me descubro ao mesmo tempo...
As vezes eu me abro demais. E acabo falando coisas que tem ao mesmo tempo o poder de construir e destruir. Aí eu me complico...
Crio coragem para o novo, digo coisas que não sei, mas sinto, tenho vontade de ver rua, gente, movimento a todo instante. É quando me abro que mais sinto dor...
Porque o mundo ainda não está habituado a ver alegria sincera. Ele costuma ser cruel...
Estou tentando ter certeza mas acho que agora estou trancada. E não que isso seja ruim: está sendo bom...
Além de não me apegar a nada, tenho ajudado outras pessoas a encontrar alegria e assim, acabo ficando alegre também.
Sim! Estou alegre! Mas como já disse e digo sempre, minha alegria é uma alegria triste, sempre foi assim e já até me acostumei. Não gosto de nada muito alegre, pois vai embora com a mesma velocidade com que chegou: a mais rápida possível. Não gosto de nada muito triste, porque tristeza é mansa... vem e se a gente deixa, toma conta, se acomoda e não vai mais embora.
Por isso prefiro minha alegria triste...
E hoje estou tão alegria triste, que saberia até chorar e rir ao mesmo tempo... mas não quero nenhum dos dois.
Deixa assim, tudo neutro pra não confundir ainda mais.


A gente precisa aprender a viver com as alegrias que tem...






essa foto nem tem muito a ver com o texto, mas tem a ver comigo e ele fala de mim então, paixão da minha vida: música!

2 comentários:

Felicidade Clandestina. disse...

Amei o modo
cmo te descrevestes e descrevestes
os sentimentos 'clareza' é tudo.

''ah alegria.. se eu não soubesse o quanto és frágil, daria logo um jeito de desacreditar em você... ''

amei esta parte particularmente

B. disse...

Tem o link no meio do texto, mas pra ficar mais organizado, coloquei agora no título da postagem ^^'


E...pra constar...excelente escrita,moça =]