sábado, 31 de outubro de 2009

É assim?

... sim!!!!Sentindo falta...
Aí descobri que a dor dos últimos dias é essa: falta.
Falta das coisas lá de casa, falta das coisas que já vivi.
Nem é saudade: é falta mesmo.
Saudade também dói, mas falta é que nem pedaço rancado de dentro: só cicatriza quando se vive a presença das coisas que faltam.
Viver a presença das coisas que faltam... como gostaria que isso fosse possível hoje, último dia de outubro.
O que falta?
Falta tanta coisa!
Mãe, amigos de lá, música de violino, alegrias alegres, o ar das coisas de lá...
Falta as ruas de noite depois do trabalho, falta a praça a noite toda iluminada com as cores dela.
Falta conversas com Ele nas tardes sem trabalho, e essa falta tem doído muito!
Dói porque é ruim não ter notícias de quem se gosta e no fundo: é ruim esquecer...
porque esquecer é mandar metade do passado embora!
esquecer é abandonar tudo aquilo que se quis um dia, como se fosse tudo que se pudesse querer então...
Não sei se quero esquecer... às vezes quero sim e quase consigo.
Mas aí vem alguém falar de saudade, e então venho falar da falta que faz.
E vendo uma foto e ouvindo tantas coisas, a única coisa que desejo como presente de outubro é simplesmente um sinal!
Uma resposta que eu consiga ver. E não que consiga me enganar, como penso que são todas elas algumas vezes.
Aí tem lua no céu... lua que não consigo ver...
E então me lembro de um segredo, e quase compreendo porque só eu não consigo ver...


Adeus outubro. Até ano que vem...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O tempo...

 

... o tempo deles é diferente. Por isso nunca se encontram.

Ela tem férias enquanto ele trabalha, ele viaja quando ela chega perto.

Aí eles vivem se perdendo... ela sofrendo, ele esquecendo. Porque essas coisas de amar demais, são mesmo complicadas.

"- Ela ama demais?
  - Acho que só pode amar..."


Aí, vez ou outra o tempo deles se encontra...

assim, como é todo relógio: dois ponteiros só se encontram no 12, duas vezes por dia. O resto, é feito de esperar.
E quando se encontram é tanto pra falar, que o ponteiro sai do 12 num instante! Que não dá nem tempo de perguntar...

Assim tem sido pra ela: dia feito pra esperar...
e ele, insensível que só, por puro gosto nem responde, nem se lembra de avisar.
Ah seu moço... tome logo juízo! Antes que ela trate de com isso tudo acabar.
Não há sofrimento que segure!
Esse desgosto que é esperar...
ou então faz assim:
diga logo que o amor não se transformou... ela vai entender!
Só não finja que não ouve...
Só não finja não saber...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aumente o volume...


"O que ela vai fazer agora?
O telefone nunca chama, as cartas nunca voltam.
Os letreiros em neon na praia de Botafogo, à noite, ofuscam a visão.
Nem os bares da orla estão abertos para ela.
E no rádio toca Insensatez.
Ela hoje espera quem nunca vai voltar atrás.
Tão bela, hoje espera quem nunca vai voltar atrás.
Ela espera que um dia desses possa ver ele voltar.
Para os mesmos bares, os mesmos lugares
Que um dia ela quis estar.
Ela espera que um dia desses  possa ver ele voltar
Com a mesma roupa, para a mesma vida,
Que um dia ela quis viver."


Columbia, "Ela"

... banda que descobri meio sem querer, como todas as coisas boas que conheço: é sempre sem querer...
e andava meio esquecida nas minhas coisas, mas reencontrei essa semana.
aí tem "Amanhã", "Desculpas", "Imperfeito" e mais um monte de boa música.

http://www.myspace.com/aumenteovolume
 

Tudo que é bom, é bom dividir... =) 

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sobre alegrias tristes...

É tudo muito rápido! E nos escorre pelos dedos com tamanha facilidade...
ah alegria.. se eu não soubesse o quanto és frágil, daria logo um jeito de desacreditar em você... 

Mas já aprendi tanta coisa nessa vida, que agora é preciso muito pra me magoar ou chatear.
E quem vê, pensa que é tudo tão fácil!
Sem entender que além do fácil, vem a saudade, a falta, os problemas, as dores que são minhas e que ninguém mais pode sentir.
Aí a gente acaba percebendo que o importante nisso tudo é ser forte, não essa força de braço porque essa eu nem tenho...
Mas força de dentro, que faz com que a gente suporte tudo que vier com a alegria de quem nada sentiu.
Eu sinto sim, embora as vezes eu prefira fingir que não...
É que as vezes, as pessoas são mais frágeis que eu! Então preciso fingir que não sinto, pra que elas acreditem que está tudo bem e façam o que deve ser feito...o que sei que é melhor.

As vezes eu me fecho dentro de mim. É meio sem querer mesmo... quando percebo já estou trancada por dentro, sem vontade nenhuma de sair.
 E as pessoas acabam se tornando ainda mais importantes pra mim, porque quando me tranco, não falo, mas ouço. E faço dos problemas delas, os meus problemas e tento ajudar e quase sempre consigo. É quando estou trancada que eu me esqueço de mim e me descubro ao mesmo tempo...
As vezes eu me abro demais. E acabo falando coisas que tem ao mesmo tempo o poder de construir e destruir. Aí eu me complico...
Crio coragem para o novo, digo coisas que não sei, mas sinto, tenho vontade de ver rua, gente, movimento a todo instante. É quando me abro que mais sinto dor...
Porque o mundo ainda não está habituado a ver alegria sincera. Ele costuma ser cruel...
Estou tentando ter certeza mas acho que agora estou trancada. E não que isso seja ruim: está sendo bom...
Além de não me apegar a nada, tenho ajudado outras pessoas a encontrar alegria e assim, acabo ficando alegre também.
Sim! Estou alegre! Mas como já disse e digo sempre, minha alegria é uma alegria triste, sempre foi assim e já até me acostumei. Não gosto de nada muito alegre, pois vai embora com a mesma velocidade com que chegou: a mais rápida possível. Não gosto de nada muito triste, porque tristeza é mansa... vem e se a gente deixa, toma conta, se acomoda e não vai mais embora.
Por isso prefiro minha alegria triste...
E hoje estou tão alegria triste, que saberia até chorar e rir ao mesmo tempo... mas não quero nenhum dos dois.
Deixa assim, tudo neutro pra não confundir ainda mais.


A gente precisa aprender a viver com as alegrias que tem...






essa foto nem tem muito a ver com o texto, mas tem a ver comigo e ele fala de mim então, paixão da minha vida: música!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

E tem algum jeito de fazer isso passar?

(...)

- Tem, tem sim. Se tudo passa, por que isso entraria pra alguma exceção?
- Porque é amor é resposta que vale?
- Não... porque não é amor.
- E como você pode ter tanta certeza?
- Se fosse amor, você não estaria aqui: estaria lá, lutando pra dar certo.
- Mas é que já lutei demais...
- Amor não cansa da espera...
- Então... as vezes eu tenho a certeza até de que tudo vai dar certo, mas não agora e sim quando passar um tempo.
- Quanto tempo?
- Já nem sei mais...
- E você vai esperar um tempo que não sabe quanto dura?
- Me diz você de alguém que sabe quanto tempo o tempo dura.
- A gente espera quando tem certeza. E sinto muito: você não tem.
- Tenho incerteza em tudo... sou indecisa demais.
- Acho que você não quer ver que o amor acabou.
- Será?
- Acho que sim. Você deve estar querendo se enganar, Porque é mais fácil sofrer um sofrimento antigo que se entregar a um novo.
- Não queria que você tivesse razão, mas confusamente acho que você tem. Mas me responde: tem algum jeito de fazer isso passar?
- Sim! Mas só se você permitir... Veja: tem tanta coisa bonita lá fora, tanta gente nova, tanto caminho diferente e você aí: presa nessa escuridão.
- Hum...
- Não digo pra você esquecer logo, tudo de uma vez... deixe ele quieto aí por dentro, como uma lembrança de todo o bom que passou. Aí continue fazendo dos dias coisa bonita de se viver. Vai lá, faz tuas coisas, conhece tuas pessoas, deixe o mundo entrar... Sofrer, todo mundo sofre! Mas parar pra não sofrer, aí é feio, é fraco e não é você...
- É... acho que vou ali.
- Ali onde?
- Não sei, estou confusa. Preciso pensar...
- Vai. Mas cuidado: enquanto isso, o tempo não pára de passar... 



[efeito da terapia em dupla...rs]

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tristeza

... tem dias que a gente parece ter acordado pra ser triste.
E fica assim, meio lá nem cá, esperando notícia boa que não vem... pelo contrário: chega que é só notícia ruim.
Nesses dias a gente só pensa em tudo que deu errado, e pro certo? Olha como se fosse cego: não consegue mais ver.
Aí acho que hoje acordei pra tomar minha dose de realidade, dessas que servem pra cravar pé no chão e despertar coração no meio das ilusões que criou.
Não que eu vá desistir do sonhos, pelo contrário! Mas talvez eu precise aprender que eles carecem de mais atenção: já que os tenho, é injusto tirá-los de mim como se não valessem nem preço de dó...
E quanto vale dó? Não... nem sei.
Sei que semana que vem (segunda é sempre bom dia pra recomeçar) vou lá ver o que dá pra fazer...
Lá onde? Também não sei. Lá pode ser tanta coisa! Tanto lugar!
Aí estou meio triste sim... e tenho motivo! Mas como todos dizem: vai passar...
E vai ver não era pra ser ainda, e lá vem o tempo...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Os dois...


...e ela amava. E o amor dela era tanto, que as vezes ela até desconfiava e ficava pensando se podia mesmo ser... Amava com delicadeza, com doçura, com simplicidade e as vezes com um exagero que era dela e só. Amava e o amor dela era infinito! E era por ele esse amor...
...ele também amava... mas o amor dele era um amor estranho, desses que transbordam em palavras e atingem o que não se vê: apenas crê. Amava e ela sabia que o amor dele era livre... até que escolheu alguém pra se prender. Alguém que não era ela.
Aí um dia ela resolveu entender... que se não fosse pra ser ele então, jamais outro alguém poderia ser. Fez lá algumas promessas, já sem receio algum. Resolveu cuidar de tudo e dela mesma se esquecer. Também porque acho que ela nem mais queria juntar caco quebrado, pra tentar colar com Super Bonder o que o amor dele desfez...
E ele até chegou a dizer a ela que o amor dele poderia se transformar: em outro tipo de amor... e ela então, meio que sem entender, pôs-se a chorar um choro grande, desses com soluço e a impressão de que nunca vai acabar...
O tempo passou e eles se desentenderam, se desencontraram, se perderam... ele não acreditava que o amor dela podia existir, ela não entendia tanta coisa que ele esquecia outras tantas que ele fingia, outras mais que ele dizia mas não sentia. Ele já não tinha mais tempo e trabalhava demais, e o tempo dela andava meio ocupado, gasto, relógio sem ponteiro a gente não pode atrasar...nem adiantar. Ele parou de lhe trazer rosas e nem mais boas respostas se dignificava a dar, e ela, já tão cansada, parou de perguntar, nem escrever lhe escrevia mais e já nem sabia mais o número de cór pra tentar ligar. Ele esqueceu de transformar o amor e de lhe avisar... ela, andava tão perdida, que já nem sabia mais se sabia amar. Ele magoava sempre, sem perceber, e ela sabia que era sem querer, pois sabia que ele nem se esforçava pra entender.

E então ela acordou e não tinha mais nada. Nem mágoa, nem amor. Talvez ainda estivessem dormindo, já que a preguiça tem tomado conta das manhãs, deixando tudo meio sonolento... Ele? Parecia não querer ver... que o amor já se perdera a tempos! Pois nem perguntava, pra tentar saber...
Ela não sabe mais de amar, nem de sorrir, nem de cantar. Anda pintando uns quadros, um até ganhou o nome dele, mas com o tempo vai desbotar. Tem feito dos dias um monte de coisas que não se acabam, só se juntam, pra encher mesmo, pra não sobrar. Pois quando sobra, pensa... e quando pensa, lembra o que não se quer mais lembrar... Ele, talvez descubra domingo que o amor se transformou... e também, se descobrir ou não, ela nunca vai saber: parou de acreditar nele pra tentar voltar a ver nos dias, um pouco mais de cor. E já faz alguns dias e ela percebeu que está tudo no lugar... o vento, a chuva, o sol, as flores, as estrelas e ela ainda consegue respirar. Talvez tenha encontrado lugar pro amor dormir, até o tempo passar e ele perceber que é com ela que deve ficar... ou tenha mesmo desistido dessas coisas todas que pra ela sempre erram, como se tivesse sido feita somente pra viver e ajudar. Nada, nada mais de amar...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Quando o amor acaba...

- Aonde você vai?
- Ali...
- Ali onde?
- Não sei, só sei que preciso ir...
- E por que você precisa?
- Porque não quero mais falar. Cansei...
- Não entendo você.
- Tudo aqui me sufoca. E tudo que você tem a dizer é que não entende.
- E o que você quer que eu diga?
- Nada. Queria só que você amasse mais.
- Mas eu amo!
- Sim. Ama tanto que nem percebeu as coisas fora do lugar.
- Percebi sim: você trocou o sofá e mudou a TV de lugar.
- Eu desisto de você.
- Não sei o que dizer
- Ah... nem precisa mais.
- E por que está chorando?
- Por nada. É triste ir ali e deixar o sofá vermelho para trás...

... e assim ela saiu e não mais voltou...
só não se esqueceu do sofá vermelho e de todas as lembranças e alegrias que o amor deixou. 

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Hoje


"... ou eu faço isso ou eu perco ele de vez..."


As vezes a gente é assim mesmo: não sabe bem o que fazer.
Aí eu volto a dizer que dizer e aconselhar é bem mais fácil que ouvir e praticar.
Mas vai ver e vai ser assim pra sempre... pelo menos pra mim.
Não sei bem seguir os conselhos que dou, mas sei dá-los porque no fundo, eles são o espelho de tudo que eu queria que fosse e não foi. 

Tanta coisa que não foi! E acho até que nunca vão ser...
Eu sou assim: pessoa meio sem coragem... 
não porque nasci sem ela, mas é que quando a faço acordar, ou já é tarde demais ou é cedo ainda...
Daí fica tudo descompassado, tudo errado e prefiro fazer ela dormir de novo: dá-me menos trabalho não sofrer...

Aí é por isso que eu brigo e peço pra me ouvir: a vida é curta demais pra gente se lembrar apenas das coisas ruins e esquecer as boas...
Porque mágoa é assim: faz a gente apagar tudo que fez sorrir e viver só o que faz chorar.
E a gente as vezes nem pensa! Quando vê já foi.

Aí eu peço de novo: por favor, não deixe ir!
E eu só peço porque sei que é ruim deixar ir sem querer...
Bom é deixar ir e ir junto! Seja lá pra onde fôr...

Bom, é fazer ficar e ficar junto! Seja lá pelo tempo que fôr...
Só sei  que sempre há tempo...
pra pedir desculpa e pra desculpar...
pra sentir saudade e pedir pra voltar...
pra sentir sufoco e querer renovar...
pra voltar atrás e não se encontrar lá...
pra seguir em frente e não saber por onde ir...
É tão dificil ter certezas que quando a gente as tem, deve no mínimo sorrir e pedir pra que fiquem... e se esforçar para não mandar embora logo.
Aí eu me embaralho toda nesses conselhos que dou e não sigo...
Mas é que preferi mesmo ser assim... nem sei se por escolha ou por necessidade.
E pode ser também por culpa de uma tentativa sem fim: de tornar o amor real pra expulsar logo ele de mim...




"(...)- Minha querida Amélie! Você não tem ossos de vidro! Você pode suportar a vida.
Se deixar passar essa chance, com o tempo seu coração vai ficar tão seco e quebradiço quanto o meu esqueleto.
Então vai. Pelo amor de Deus!(...)"

Do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain"



[essa frase lá em cima de preto, "... ou eu faço isso ou eu perco ele de vez..." foi minha inspiração pra escrever. Dedico este texto a minha amiga Clara. Essa frase ela disse, depois de ouvir e resolver seguir meus conselhos... e me deixou feliz por isso...]



domingo, 18 de outubro de 2009

Pra você...

"Nos meus sonhos eu fujo
Faço as malas e sumo
Vou andando devagar

pra você me alcançar ..."

Thiago Pethit



... aí me deu vontade de repente de saber de você.
O que tem feito, por onde tem andado, como tem sido seus dias...
Ligar não vou... você não iria atender.
Deixar recado? Pra quê? Não vai responder...
... aí eu fico sem saber o que fazer com a tristeza e a falta que sinto de você, dos seus conselhos, suas palavras, seu bom humor me fazendo rir e dando leveza aos dias.

Vontade de saber de você!!!!!
Então queria que você me desse notícias sem que eu as pedisse...
Queria que você me chamasse primeiro pra perguntar como estou e dizer que sentiu saudade...
E dissesse que enfim está tudo bem! E que está vindo me ver, pra conversar...
Me pedisse desculpa pela ausência, pela dor que causou sem querer, pela mágoa...
E eu iria desculpar você, sei que sim!


Andei fugindo? Eu sei.
Tentei fugir? Eu sei.
Continuo tentando? Também sei...
Mas hoje eu senti sua falta. E continuo sentindo, como se faltasse um pedacinho de mim.
E não sei por que...
Só sei que sinto... é tudo que sei dizer...











Vire aquela esquina...

 ... e vamos partir...



"...mas você não estava lá
dessa vez
para me dizer
pra onde devo ir..."


Thiago Pethit, 'Fuga n°1'

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Música dos meus dias...

ou melhor: o músico dos meus dias... ^^

... o conheci por culpa de uma ou aquela ou "Essa Canção Francesa"

...aí  eu resolvi deixar o vento me levar, pra "Outro Lugar"

... e então me  apaixonei,  pela doçura em  "O Último a Saber"

"Ando pelas ruas
Meus sapatos gostam do asfalto
Tenho as mãos geladas
No meu bolso levo teu nome no verso
Atravesso a noite
A manhã se esfrega nos meus olhos
Danço em falso
Como se fosse o último a saber de mim
Tudo vai mudar "



...e assim ele se fez o músico dos meus dias, me presenteando com as músicas dos meus dias... Thiago Pethit.








Visite também, ouça todas as músicas e se apaixone como me apaixonei...

Menina [3]

...ela andou prometendo algumas coisas pra si mesma.
E tem vivido uma alegria triste. Como pode? Pode! Só sei assim: pra ela tudo pode, a ela tudo acontece.
E de acordo com a ordem dos dias, esta foi pela última vez a última decepção. Mas pra ordem do coração? "Ah, deixa! Foi só mais um deslize."
Pior é que há sentido em desculpar, na mesma proporção em que há sentido em esquecer...
Aí ela precisa escolher. E ela não sabe escolher, é indecisa demais! Aí é mais comodo deixar escolhido como está.
Mas como está? Assim, tão dividido?
Verdade é que ela nunca vai esquecer por completo se não disser as coisas todas que insiste em ter pra dizer. Mas aí, dizer como, se ela prometeu parar de uma vez de lhe dizer qualquer coisa?
E pra desculpar, ela também precisava dizer e perguntar e ouvir e acreditar no que ele disser. Mas como acreditar, se ela prometeu parar de confiar, desde aquele dia, o último daquela mágoa toda?
Aí ela saiu de cabeça erguida e passou por lugares que a chuva choveu antes dela passar. 
Aí todos os sinais estavam verdes pra ela nas ruas, assim que ela chegava pra atravessar. 
Aí a mesma música tocou muitas vezes e ela não se cansava de ouvir.
Aí ou ela desculpa ou ela esquece, porque deixar assim não dá, nem pode, nem deve.
Aí o que ela faz então? Não sabe o que fazer...
Sabe só que sentiu tanto na última tarde que sabia que a tristeza ia votar...
Sabe só que reconheceu um alguém novo, especial, que lhe enche os dias de alegria...
Aí o que ela faz então?
Segue o coração. Mas como, se até seu coração é indeciso, inseguro e não sabe muito o que dizer? Como?
Ah, deixa! E será que dá pra deixar?
Não sei mas acho que ela vai terminar compreendendo tudo e continuar só, já que tudo que ela ama lhe escorre fácil pelos dedos.
Já que a vida que ela vive aqui parece mais aquelas passagens breves, com paradas longas, de lugar em lugar, sem querer ou talvez sem poder se fixar em nenhum.
Talvez por falta de vontade mesmo.
Ou talvez por medo de se entregar e sofrer...



...e a música continua a tocar....


(dedico este texto a amiga Iara, que se encontrou nele em algumas partes,
antes mesmo que eu lhe fizesse um fim...)


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Como se fosse o último a saber..




"... no meu bolso levo 
teu nome num verso..."

Thiago Pethit


só... e mais nada.

Passando...

...aí, hoje é meu segundo dia de 22.

Queria ter dado boas vindas a ele ontem, mas não deu tempo!
Mas ele sabe que é bem vindo...

aí, hoje de manhã bem cedo vi borboleta azul.
E ela era tão viva! Parecia ter saído do papel como naqueles comerciais de lápis de cor da Faber Castell...
tão bonita!  que até parei de caminhar, só pra ver até onde ela ia... e acabei sem saber. 
Acho que ela não tinha destino certo... acho que ela veio só pra me ver e me trazer de presente a certeza de que tudo continuará bem...
Sim! É importante continuar... é preciso!
É importante reconhecer que tudo está bem... cada coisa em seu lugar.
E então, não sei se desejo coisas para os meus tão novos 22.
Não preciso desejar mais amigos, pois já tenho os melhores do mundo.
Não preciso desejar mais alegrias, pois já vivo tantas!!!! Que pedir mais seria puro egoísmo, pura insatisfação, pura ingratidão...
Mas desejo então que tudo permaneça assim: rico, pleno, simples, feliz...
Talvez deseje que ao menos mais uma das minhas 34 metas se realize! (tenho uma lista com as 34 coisas que quero muito fazer... já realizei 5).
Talvez deseje me encontrar ainda mais, me descobrir, para ter certeza no caminho a seguir...
Talvez deseje entrar pra escola de circo, curso de fotografia, projeto aprovado...
Talvez deseje um amor novo, desses pra encher os dias de vida! E se parecer tanto, ao ponto de me compreender... alguém pra dividir, alguém pra contar,  alguém pra estar por perto, alguém pra que eu me sinta menos vazia, menos perdida, menos só...


Talvez, talvez, talvez... talvez deseje que 22 não se faça de tanto lamento, tanta melancolia, tanta mágoa, tanto desgosto...
Talvez deseje que 22 seja menos talvez e mais certezas e mais ações...
Talvez eu tenha mais coisas pra desejar do que pensei... 
mas deixa assim: o tempo sabe o que dizer, o que querer, o que fazer...


Então bem vindo 22!!!!!
Venha como a borboleta azul essa manhã: cheio de cor, luz, graça, beleza, delicadeza, amor...

"A gente é que não sabe ver direito..."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Retrato

... talvez eu precisasse de um pouco mais de tempo ou talvez de um pouco mais de intensidade pro tempo que me restou.
Hoje é meu último dia de 21. Aí eu podia desejar tanta coisa!
...mas já nem sei se quero. Então eu agradeço...
pelos dias, pelas cores e por todas as coisas que aprendi.
Agradeço pelas pessoas, pelos amigos tão verdadeiros, pela família...
Agradeço pelos desgostos até... e meu último, talvez o pior deles, do qual hoje nem mais guardo mágoa... mas relembro agora as coisas boas, como uma maneira de amenizar a dor...

... talvez se eu tivesse um pouco mais de tempo, consertaria alguns erros, cometeria outros e veria outra vez o sol nascer.
Hoje acho que não vou a aula. Vou sentar e ver meu resto de 21 passar.
...e me despedir dele!
e desejar que com ele, vá embora tudo que fôr dor, lágrima ou lamento... para que pelo menos por hoje, eu me sinta feliz e só! A gente não precisa de muito mais que felicidade...

Pensando bem, quero ver meus amigos antes de 22... vou a aula sim.


... talvez se eu tivesse mais tempo. deixaria de lado essa melancolia que acordou comigo essa manhã.
Mas já não tenho mais... então dou adeus assim mesmo ao meu último dia de 21, com a certeza de que não vai voltar mais e de que (a não ser pelos retratos) nunca mais o verei outra vez...


Bem-vindo 22! As coisas nunca mais serão com antes...






... pode fechar o guarda-chuva! acho que hoje não vai chover...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Dois domingos [de novo]

...da janela do ônibus eu via tudo (antes de cochilar).
Chegar...
é bom rever tudo e respirar o ar de cá... se Bala Chita tem gosto de infância, casa tem gosto de paz, proteção, amor...
e ela estava lá... no mesmo lugar, do mesmo jeitinho, com uma tristezinha a mais no olhar e uma ou duas rugas a mais. O tempo passou por ela, assim como também passou por mim...
Mais um fim de semana com dois domingos. Me entristeço agora, pois eis que ele já está chegando ao fim. E então vai ser despedida, saudade e já sei que vou chorar...
Hoje? Vontade de ficar e só. E ela ainda diz desses pressentimentos, dessa dor que ela sente... e me diz então: como voltar em paz?
Não sei, só sei que se pudesse ficava! Só sei que se desse, levava ela comigo e não deixava mais voltar.
Mas hoje não dá. Hoje a gente sabe, com dor, mas sabe das certezas que se tem...

Voltar...
a semana com dois domingos precisa continuar...
E passa logo! E logo chega dia de chegar outra vez...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Festival Lixo e Cidadania




LUIZ MELODIA + GRAVEOLA E O LIXO POLIFÔNICO
Festival Lixo e Cidadania
15 de outubro de 2009 | 22:00h | Serraria Souza Pinto: Avenida Assis
Chateubriand, 809 -  Centro - BH, MG | R$ 20 inteira R$ 10 meia
Ingressos no Reciclo 2 (Rua da Bahia, 2164) 
[E mais]
Dia 16: Los Sebosos Postizos (Nação Zumbi cantando Jorge Ben Jor)
3 na Massa e Djambê
Dia 17: Velha Guarda da Portela convida Aline Calixto
Patuá, Fidelidade Partidária e Domingos do Cavaco



...









"...hoje eu quero apenas
uma pausa de mil compassos..."


...e uma xícara de chocolate quente! pra esquentar o frio que voltou...

.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sobre o amor maior do mundo...

...e uma viagem a Campinas.


Outro dia eu senti o amor maior do mundo.
E foi numa viagem... tudo tão corrido e até desesperador.
Senti o amor maior do mundo na simplicidade presente em sorrisos tão verdadeiros...
Ah amor... ainda bem que vieste comigo, e não permaneceste lá, em Campinas... 
pois de tão grande que és foi permitido ser dividido em mil! Modificando tantas vidas... 
sei que ficaste em parte por lá... sei que vieste em parte por cá, pois não tens limite! Nem fim...
E é bom saber que você existe...
Te confesso que algumas vezes desacreditei...
Mas não fique triste! Eu sei que você existe e agradeço por ter se mostrado pra mim, nesse último fim de semana, 04/10, lá em Campinas...



"Fratello Sole, Sorella Luna" ... o motivo de ter encontrado tanto amor.
nosso blog de trabalho...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Saber...

...e nem se chegasse chuva! ou vai  saber se fizesse sol...
ela estava tão bonita! tanto quanto as rosas todas do jardim: vermelhas, vivas, alegres...
talvez tenha sido o café sem xícara, talvez tenha sido o perdão sem dor.
e ela acordou sem querer muito, assim meio cabisbaixa, assim meio sem entender...
ela era assim. E pra quem sabia ver, vê-la sorrindo era bom! Principalmente pelo tanto que já a viram chorando.
Me lembro que ela as vezes adivinhava... sabia não se sabe como, só se sabe que sabia. Ah, que além de saber ela também sentia (e muito). Outro dia desejou que o dia terminasse aberto, sem chuva e céu nublado e sem sol pra esquentar... queria arco-íris e só, pra colorir...
e então pediu e ele veio. Depois da chuva ter chovido a tarde toda, por uns dois ou três dias (consecutivos).
Outro dia queria tanto falar com um alguém! e de tanto pedir ele veio. Tudo bem: demorou, demorou... mas veio.

Tudo que ela pedia vinha... podia demorar mas vinha! desde que não fosse lhe fazer mal algum. E ela custou pra entender! (que quando as vezes o pedido se perdia e não realizava era sinal de que coisa melhor ia nascer! ou então podia ser o tal do tempo, que sabe sempre certo quando tudo deve ser)

Ela até já teve medo. "Tanta coisa que eu sei!"
E tentou evitar. "Não quero mais sentir..."
Mas vai ver, a graça dela estava toda em ser assim: em ver, em saber, em sentir, em prever...
As vezes os avisos vinham saltados, de repente e nossa! Dali alguns dias saberia o que queriam dizer.
Ela sentia... sentia tanto, que as vezes tinha vontade de rancar fora os braços: alguma coisa encomodava...
e sentia tanto, que as vezes chorava... não esse choro bobo, de quem perdeu ou está perdendo alguma coisa, mas choro meio riso, choro de lágrima escorrendo mesmo, sem força, sem dor, sem rosto vermelho-ardido em sinal de socorro implorando salvação.
Outro dia cismou. E essa cisma acho que não posso contar... mas ela as vezes cisma com cada coisa! Inventou uma vida pra daqui 3 anos... disse que sentiu e... bom, eu acredito nela.
de vez enquando ela também esquece. Aí pára de sentir de uma hora pra outra, aí seus dias ficam meio sem sentido (ela fica meio perdida, sem graça...)


ela era assim... acreditava em quase tudo, confiava demais... tinha pessoas por todos os cantos, e gostava delas com facilidade. Dizem que ela sabia viver.
Já que ela via solução em tudo, pra tudo! e as vezes queria ficar só.
E quando ficava se sentia tão só que bem rápido se cansava: queria tudo perto de novo. Precisava ter tudo perto pra sentir a vida! Precisava estar só pra sentir a solidão e perceber quão importante é a dor para que ela pudesse crescer.


...acho que errei dizendo que 'ela era', pois ela não era, ela é... e pretende ser por muito tempo... assim, sem rima ou canção sem desafinar.
presa, mas de tão presa é também livre! assim, sem saber como mesmo, sem ter muito o que dizer...
vai ver, ela é dessas pessoas que dizem tudo só de olhar...




"A gente não vê quando o vento se acaba..." (Guimarães Rosa)

 ... e será que vento tem fim?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Estive Pensando...

... e eis que hoje já é outubro. 

E o setembro se despediu de mim me abandonando numa estranheza sem tamanho.

Alguns amigos sabem porque e  na verdade, prefiro nem dizer.
Estive pensando nas pessoas... e o quanto é difícil conviver. Pensei nas que chegam, nas que passam, nas que deixam suas marcas, nas que somem sem nunca mais voltar ou se voltam e quando voltam, não sabemos mais nos reconhecer...
Estive pensando nos amigos... e até onde eu poderia suportar seguir sem eles e não encontrei nenhum lugar. Me entristeci, ao compreender que muitos deles vão sumir sem deixar rastros e todo esse costume de sorrir todos os dias na presença deles vai ser reduzido até se perder na correria dos dias. Sim. As pessoas crescem, os amigos crescem, o tempo passa. Nos conformaremos em nos ver pouco, pois deixaremos que o tempo cuide de nós. Conheceremos outras pessoas, talvez não tão intensas, confiaremos nelas, pois serão parte dos nossos próximos dias. Nos casaremos antes de fazer todas as viagens planejadas, pois viver só é ruim. Não viajaremos pois serão os filhos, as famílias, o trabalho, os fins de semana de pic nic no parque, as noites de sono incessável. Não vai nos sobrar tempo! Vamos nos arrepender por não ter nos conhecido antes, vamos chorar lembrando os momentos juntos guardados nas fotografias, vamos sentir falta... de alguém pra chorar junto, de alguém pra compreender, fazer rir. pilhar, incentivar, ligar para saber como tudo está...
vamos lembrar dos planos e perceber que é tarde demais para realizá-los, vamos lembrar dos segredos compartilhados, da confiança que nunca mais vimos igual, vamos sentir saudade...dos risos, das gargalhadas, das lágrimas, das confissões, dos momentos de raiva, das infinitas alegrias, do bar da esquina depois da aula, do café pra acordar nos intervalos... 
Estive pensando em parar de pensar e simplesmente viver! Ao lado deles mais quantas alegrias ainda couber...
E agradecer, pela presença de cada um, por toda vida...
Afinal : outubro é mês de sorrir! =D



(Aos amigos: Raphael Jota, João Paulo, João Marcelo, Ana Sandim, Iara, Clara, Ana Carol, Aline, Bruno, Tamires,  Hélen.
esses uns que estão ao meu lado todos os dias, esses outros que mesmo longe, continuam presentes...)