quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

E se foi...

Sabe... existem nessa vida coisas que a gente não explica, nem escolhe: apenas sente.
E é como os sorvetes nas tardes de domingo acompanhados de sorrisos desenfreados e alegria sem limites.
As coisas passam... o tempo dá jeito em tudo.
A gente não pode é se permitir esquecer as coisas boas porque com elas a gente descobre que é possível sorrir.
Nem pode esquecer as ruins... porque com elas a gente descobre o tanto de força que tem.
A gente não deve se culpar por amar demais ou de menos. 
Hoje de manhã li uma frase que tentarei levar comigo sempre por onde eu fôr: "Sábios são os que amam. Tolos são os que tentam entender o amor". E vai ver é assim mesmo... e por isso vou parar de tentar entender. Porque eu sei que não vai adiantar...
As pessoas vão continuar se magoando e se permitindo ser magoadas pelas outras...
Outro dia eu resolvi que não ia deixar mais ninguém me machucar... porque quando machucam nem se importam em voltar pra cuidar dos curativos.
Resolvi ser a única responsável pelas minhas feridas e minhas dores. Porque ninguém vai parar pra cuidar delas além de mim.
Resolvi voltar aqui pra dentro... dentro de mim! Aqui eu não magoo ninguém sem querer. Andei magoando pessoas sem querer e isso me entristeceu um pouco.
E não gosto de pedir desculpas... elas são palavras e só palavras não aliviam dores.
Aí é por isso que eu voltei pra dentro: pra olhar mais pra mim e não abraçar as pessoas do mundo com meus braços curtos demais pra todas elas...
E aqui dentro está tudo bem, calmo, sereno, tranquilo... as coisas estão voltando pros seus lugares e os sentimentos encontrando suas cores pra sobreviver.
Aprendi muito e creio ainda ter muito o que aprender.
Aproveito também pra agradecer pelas pessoas que passaram por mim durante o ano e tornaram grandes os momentos pequenos...
Aí agradeço em especial por ter ganhado de presente um melhor amigo Raphael Jota (já não sei viver sem ele e nem pretendo aprender); minhas pequenas gigantes Ana Carol, Claritcha e Aline que me ensinam a cada dia que passa que amizade de verdade existe sim; as moças Ana Sandim, Natinha e Iara que tem sido minhas alegrias e forças de todos os dias; ao João Paulo Costa Jr. pelos braços abertos e pelo coração amigo; a Clareana, por me ouvir e compartilhar segredos; ao Bruno por me entender só de olhar; a Miroca, pelo carinho, atenção, cuidado (minha nova família); ao João Marcelo por me ensinar todos os dias a subir um degrau de cada de vez, por me fazer sorrir, por brigar comigo, puxar minhas orelhas e me mostrar as cores no meio das coisas escuras; a Dani e Ariene por estarem perto mas distantes por causa do tempo; ao Marcos Medeiros, pelas conversas por msn e por me fazer tão bem; a Déia, por me ouvire aprender a encarar os medos de frente; ao Heider pela doçura e por me entender tanto; ao Nelio por ensinar a coragem de seguir em frente, mesmo que a gente não consiga se entender muito bem; a Tamires pela confiança e pelo carinho (do meu lado desde sempre!); aos meus irmãos Gui Léo (os melhores irmãos do mundo);  a Hélen, de quem sinto saudade; a Tatita, por me dar força pra ir atrás dos sonhos e por me fazer sorrir todas as tardes; ao Tom por estar sempre por perto quando mais preciso, seja pra sorrir com novidades alegres ou pra aconselhar e ouvir nos momentos dificeis... e por me ensinar a confiar outra vez; a minha família todinha que acreditou nos meus sonhos desde o início; a minha mãe por ser tudo que tenho na vida.

Agradeço por cada momento, cada detalhezinho as vezes insignificante aos outros, mas tão importante pra mim.
Cada pedacinho, cada lágrima, cada abraço, cada sorriso, cada noite em claro, cada problema resolvido, cada problema novo ainda por resolver, cada alegria, cada mágoa, cada dor, cada sofrimento... cada coisa que se juntando a outra coisa e mais outra e depois outra, fizeram cada dia valer a pena e minha vida ganhar um pouco de sentido e um pouco mais de cor...
Não vou fazer pedidos ou desejar coisas demais... tenho em casa minha lista de 35 metas!
E uma delas já está prestes a se realizar... 
Então...

Adeus Ano Velho!

Bem-vindo Ano Novo...


"(...) não espere outro outono
pois as folhas
caem pra mudar"
'Acaso' Banda Clap!
 

Caminho...


 
 
"Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas." 
 
Rita Apoena
 
 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

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"- Ai, Glória, por favor, você me dá uma aspirina?
- Mas por que você me pede tanta aspirina, Maca? Não é pelo dinheiro não, mas pode fazer mal!
- Para eu não me doer!
- Hã??
- Para eu não me doer. É dentro"


Trecho do Livro "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector




sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Presente?

... aí o telefone tocou e era ele pra perguntar como as coisas estavam e desejar um bom Natal.
E ela,com tantas coisas que tinha pra dizer, silenciou e apenas ouviu, dando um sorriso de quem não sabia o que fazer.
Estava assustada com aquilo tudo tão de repente e meio boba que é perguntou pela viagem como se isso fosse só.
E ele respondeu daquele jeito calmo e num pulo perguntou quando iria visitá-lo. E ainda mais boba, nem sequer respondeu e num surto invisível, lhe devolveu a mesma pergunta e de janeiro, ele pulou pro carnaval e do carnaval ela sabe que vai pular pra Semana Santa e vai pulando de mês em mês até chegar mais um Natal.
Ele não lhe devolveu a vida dessa vez. Ele só a fez chorar... um choro engasgado vindo de dentro do peito como se algo por dentro tivesse começado a sangrar. E doía ouvir de novo a voz que ela já há algum tempo quase esquecia...
Ele não ouviu ela chorar...
Enquanto ele falava ela engolia lágrima por lágrima enquanto o mundo em volta ia sumindo. Se despediram... um beijo, um abraço, um 'espero te ver em breve'. Aí ela não teve mais alegria nenhuma no dia, e se teve, nem percebeu qualquer momento feliz. Ninguém viu que ela chorou. Deu um abraço em sua mãe, disse que estava triste e ouviu dizerem que tristeza passa...
No outro dia, nem acordar queria. Sentiu o peso do fim assim que abriu os olhos. Alguma coisa por dentro dizia que acabou e que a vida precisava continuar. Aí ela se perguntou continuar como! E se levantou num suspiro e percebeu que iria demorar pra passar. Vai ligar pra ele no fim do dia e pedir dois favores que ontem se esqueceu. E só. É o fim. Ela já não o reconhece mais.
A moça do sentimento maior do mundo vai pegar as malas que deixou pra trás e seguir a vida. Não sabe ainda pra onde vai, mas espera que lá não exista lugar pra tantas lágrimas nem tanta dor. Mas no momento ela se fechou e parou de acreditar...
Vai ali! Entrar dentro de si e tentar achar um restinho de vida dentro do coração...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vinte e Cinco!



Feliz Natal!

[férias daqui até dia 27 ou 28 =) ]

Pela última vez...

... aí ela foi embora.
Saiu pela porta da frente sem levar nada nas mãos.
Não é a primeira vez que ela vai embora, mas é a primeira que o coração dela sente necessidade urgente de não ficar.
Está cansada de tudo, inclusive de lutar por um amor que ainda resiste.
E esta manhã, quando acordou, percebeu que tudo estava no mesmo lugar...
O céu continuava azul, as pessoas continuavam caminhando, a comida tinha o mesmo sabor, o Sol estava lá de volta, depois de dias seguidos de chuva.
E assim ela foi caminhando... unhas roídas, respiração faltando um pouco, passos rápidos de quem acabou perdendo a hora pois só conseguiu dormir quando já estava amanhecendo.
Ela não estava feliz. Mas se sentia mais leve. 
No fundo, ela queria que ele pedisse pra ela ficar...
Mas ele não vai pedir, pois ele nem sabe que ela se foi.
E enquanto ela ia, ele chegava... voltava com todas as forças em meio a fotos, recados e novidades.
Mas pra ela não havia mais sentido. E nada que ele dissesse iria fazê-la voltar atrás.


Ela foi embora sem levar nada.
Vai voltar apenas pra pegar as malas e partir em definitivo depois de lhe entregar o último pedaço de coração que ainda tem vida dentro dela.
Ainda há espaço pra desculpar embora dessa vez não tenha surgido nenhuma mágoa.
Diga a ele que terá que ser rápido se quer que ela não vá de uma vez.
Porque hoje ela acordou sem nem se importar.
E nunca a vi assim.

Encanto...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Começo do recomeço...

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' "

Caio Fernando Abreu



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Verão...

... que os bons ventos tragam boas novas de verão.
Que os dias quentes sejam alívio pros corações frios.
Que o céu azul seja o colírio pros olhos ardidos de as vezes tanto chorar.
Que as tempestades a tarde, lavem o corpo e a alma de todos os males.
Que o Sol pela manhã entre por todas as janelas levando um pouco de esperança a quem tem vivido sem.
Que a água do mar nunca se acabe.
Que as areias nas praias não machuquem e sim confortem.
Que a vida se torne mais leve, mais simples, mais sorrisos, mais alegria...
Não sei mas acho que verão tem cara de felicidade...







sábado, 19 de dezembro de 2009

Das coisas que a gente não explica...

... aí eu descobri que amizade a gente não encontra em qualquer lugar.
e ainda não sei explicar, mas eu tenho um melhor amigo que AMO com todas as forças que cabem em mim.
Ao lado dele eu posso chorar, errar, sofrer, sentir dor... ele vai estar comigo aconteça o que acontecer.
E vou poder ser sempre quem eu sou, porque ele vai entender cada lágrima que cair e cada sorriso meu que sair.
E não sei muito bem como dizer, mas eu sei que quero ele ao meu lado pra sempre, pro que der e vier.
Porque eu preciso daquele sorriso bonito, daquele abraço apertado, daquelas brincadeiras bestas sempre na hora certa, daquela luz que ele tem e transmite a todos ao redor.
Não sei, mas acho que ele não foi um presente.
Ele é um achado. É uma parte minha, que estava perdida por aí...
E que encontrei um dia, pra completar as partes vazias... e agora não tem jeito mais: agora é PRA SEMPRE! E nem o tempo me separa desse Anjo...


(meu Amoriiiildoooo: Raphael Jota)
ps.: amo você!

Chuva de Dezembro...

Chovia.
Aí ela desceu do ônibus e resolveu que não ia correr: queria se molhar.
Não se importou com a blusa branca, o sapato vermelho de plástico escorregadio nem com a bolsa de pano e os papéis lá de dentro.
Andou... sentindo a leveza de cada gota de chuva.

- Não deixe mamãe saber que eu me molhei assim!
- Por que?
- Ela não iria entender...
- Entender? E o que há pra entender?
- Ela não entenderia que essa chuva foi ELE que pediu pro Sol me dar de presente.
- Como assim?
- Já tem uns dias que ELE levou o Sol embora e me deixou apenas alguns momentos de luz. Fiquei sem ELE e sem o Sol. Aí, com pena, o Sol me manda a chuva todos os dias. Só que essa de hoje foi diferente...
- Foi é?
- Sim! Ela veio pra lavar minha alma e clarear minhas decisões.
- Espero que fique tudo bem...
- Sim. Vai ficar. Olhe lá fora! Esta manhã tem céu azul e luz do Sol. E aqui por dentro está tudo muito calmo e sereno. E eu estou levemente feliz...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ela

... enquanto o dia passava ela acordava.
Mas não de sono dormido demais despertando pra ver as cores do dia.
Mas acordava pra vida... e acordar pra vida pode doer muito as vezes... ou quase nada.
Mas nela doía. Doía aquela dor no fundo, de quem andou perdendo coisas e tempo demais pelo caminho.
Doía e ela nem queria que entendessem a dor dela, já que nem ela mesma entendia.
Aí ela juntou tudo que era dos dois e separou em felicidades e tristezas que sentiu.
Guardou em uma caixa as esperas em vão, as palavras ditas sem pensar, o amor dele por outro alguém, as respostas que não teve, as perguntas que não fez.
Em outra caixa, guardou um gostar espontâneo junto com os sorvetes, as rosas, a confiança, os desejos, os planos, a cumplicidade, as cartas que não escreveu.
Percebeu no entanto que tudo que tinha eram apenas palavras e um sentimento esquisito.
E que isso era tudo que lhe devolvia a vida e de repente a roubava também, em fração de segundos.
E aquelas coisas todas pra dizer, que ela insiste em ter, resolveu que também vai escrever.
Pra transformar tudo em palavras e entregar a ele, na esperança de que ele entenda ou de que ela consiga enfim, guardar tudo nas caixas, assim como fez esta manhã.





quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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'Como dizer adeus a quem não se sabe viver sem?
Eu não disse adeus... eu não disse nada!'

[My Blueberry Nights]

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"Pode ser da vida acostumar..."

"E aí ele sorriu aquele sorriso torto. apertando os olhinhos contra o sol.
E ela ficou meio sem saber o que fazer com aquele sorriso que nunca havia sido tão dela como naquela manhã em que o sol resolveu sair.
E então ela guardou o sorriso só pra ela, como se ele pudesse ser gasto a qualquer momento, sumindo da lembrança...
Guardou pra ela ter algo bom pra lembrar e sorrir quando ele se fôr.
Sim... ela não sabe por quanto tempo ele vai ficar dessa vez.
Já se acostumou com as indas e vindas e agora está tentando se acostumar com a presença ausente dele.
Ela sabe que vai se acostumar...
Na verdade, aprendeu que precisa entender...
E dessa vez, é ela que vai embora.
Levando o sorriso torto, os olhinhos apertados, o sol e o coração!
Ele está voltando...
E ela sabe que ele não vai ficar por muito tempo dessa vez."




... aí o dia amanheceu e ela chorou...
chorou, chorou até desidratar.
Chorou porque é dificil aceitar que não vale mais e nem cabe nos pedacinhos dos dias.
Chorou pela esperança que ela tinha.
Chorou porque, vai ver, chorar faz bem.
Chorou também porque ficou sem saber o que fazer com tanto tempo! E com tanto amor.
Talvez entregar o tempo que ainda tem e o amor que ainda lhe resta a alguém que talvez os mereça.
Mas quem?!

Talvez guardá-lo nas caixinhas de madeira coloridas, lacradas com cadeados e correntes... 
Mas não. Ele é esperto e já fugiu de lá um dia...
Talvez dizer a ele tudo que sente, pra ouvir ele dizer a ela, tudo que ele sente mas...
Sempre vai existir um mas, um porém, um talvez...
E ela se cansou.
Cansada da tristeza, do sofrimento e da dor.
Por isso ela vai embora.
Porque enquanto ele sente saudade do mundo! Ela sente falta dele.
Porque enquanto ele sorri em algum lugar lá tão longe, ela sofre no perto de cá tentando saber onde ele está.
Porque enquanto ele responde a todas as perguntas, ela só espera uma respota que ele não dá.
Porque enquanto ele vê o mundo, ela fecha os olhos e o coração pra não ver ninguém nem deixar alguém entrar.
Pelo visto, o dia vai passar sem sol nem chuva...
Apenas frio entrando pela porta, tornando a melancolia ainda maior...


Um fim de semana

... ou o dia em que Aline e Bruno vieram me visitar...


Acho que fazia muito tempo que eu não me divertia tanto.
E assim foi o fim de semana, que começou com um videokê e foi terminar com uma despedida na rodoviária.
E eu podia citar aqui as músicas que cantamos e dançamos, os sorrisos, as alegrias, as vozes me dizendo 'eu nunca te vi assim'.
Mas dizer isso tudo não teria sentido nenhum sem dizer que as pessoas que estavam ao meu lado também estavam felizes.
E que ter meus amigos da vida de lá junto aqui com meus amigos da vida de cá, me fez sentir melhor e menos só.
Não sei se em outro dia ou outra oporunidade, faria tudo de novo.
Acho que não. Porque cada dia é diferente do outro e as emoções e sentimentos podem variar tanto!
A verdade é que me diverti.
O que seria de mim sem meus amigos?
Não sei...
sei só que maneira melhor de me despedir de 2009 acho que não existe...
Bom, e se existe, está longe demais de ser realidade...
Então, que venha 2010. Com alegrias e sorrisos em dobro!
E que tudo que couber se realize...











sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sonho...

"- Sabia que você vinha!"


Aí ela acordou como se tivesse sido real...
Estrada, chão, lugar que ela nunca viu...
Sentada no muro baixo de uma rua em que todas as casas eram feitas daqueles tijolinhos laranjas bem a vista, ela esperava por algo ou alguém.
E antes mesmo que ela pudesse pensar em ir embora, um fusca vermelho pára! e desce alguém que fez seu coração disparar.
e ela que nunca foi muito de se lembrar dos sonhos que sonha dormindo, acordou eufórica ainda sentindo um abraço e ouvindo a voz que num sorriso dizia:
- Eu sabia que você vinha!
E ela estranhou...
E o dia que começou ao meio-dia, logo passou.
Tarde com amigos e ela pensando que daria pra esquecer...
Mas se lembra de todas as cores, e vai ver... até foi mesmo real.
E nada! Deixa disso de tentar entender... que sonhar sonho de se lembrar, de vez enquando é bom.

Apenas um filme?

"Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência."
Será?!
Uma dose de realidade ou o filme "500 dias com ela"...
 Não sei, mas acho que deveriamos ter assistido outro filme... rs


... e bem que eu queria de presente de fim de ano, meus 500 dias com ele.
Não pra terminar bem meu 2009... mas pra dar verdade a tudo que sinto.
E bem... será que sinto mesmo?!
Clara e Nati se indentificaram com o Tom do filme.
E eu? Só pensando em ser como Summer e apenas viver... 
Sim. Sei que aqui no fundo sou como ele, acreditando no amor e pensando que se não fôr dessa vez, não será nunca mais...
Mas aí eu penso... que quando acabar e se acabar o que ainda nem bem começou, pra onde eu vou.
Sei que vou chorar, me desesperar e dizer todas essas coisas de 'nunca mais'
Sei que ficarei desorientada e buscarei outro "tom" nas cores que enchem o mundo, até perceber que o tom certo não existe, até voltar a enxergar além dos tons...
Sei que saberei pra onde ir...
Sei que saberei o que fazer...
Sei que assim como no filme, depois de summer vem o autumn... 
É assim... são as estações mudando, é o tempo passando...
Está tudo confuso aqui por dentro.
Certas certezas existem pra isso mesmo: confundir. E o pior é que as incertezas também confundem.
E estou meio desesperada por percebê-las e fico pensando se tanto amor não é só puro engano... 
E aí o que eu faço?
Não sei... de verdade que não sei.

Nem sei bem como terminar isso aqui que comecei.
Acho que estou precisando de uma dose de realidade!
E mais uma de felicidade concreta e amor de verdade...
Num é pedir muito, é?!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Amigos...

 aí eu acordei me sentindo bem.
E ela, que sempre me deixa melhor, me escreveu assim:

"Hoje eu sorri de saudade, logo depois chorei.
Chorei pelo tamanho da falta que eu sinto de você, chorei por que não tenho o meu grãzinho pra me confortar na hora que eu preciso. Acho que chorei de ciúmes também. Tenho você como parte de mim, como o meu grão de felicidade. Não considero você como uma colega ou uma amiga. Considero você grão, como uma parte de mim que não está comigo, que agora não posso ter. Minha amiga/irmã/grão.
Você sem sombra de dúvidas é minha melhor amiga. Mesmo longe e talvez sem contato, sei que posso contar sempre; que você estará de braços abertos para me acolher."


... agradeço todos os dias por ter na minha vida pessoas especiais.
mas só enchem minha vida de Luz, as pessoas que deixam de ser pessoas pra se tornar amigos.
Aí eu agradeço em dobro pelos amigos...
são eles que me seguram dando força quando preciso chorar, me fazem sorrir quando estou triste, me matam de rir com a leveza das coisas simples...
Aí eu sinto falta desses amigos...
e além de agradecer por eles existirem, peço que nunca se percam de mim, mesmo com a distância.
Porque viver sem essas pessoasamigos
eu não sei mais!
E dói só pensar que o tempo pode afastar a presença dessas pessoas.
É... acabei de dizer uma verdade: o tempo pode afastar a presença dessas pessoas, mas os amigos?!
Esses, os verdadeiros, ficam do nosso lado pra sempre, guardados por dentro: dentro do coração.
Sinto saudade sempre dos meus amigos...
E as vezes, a saudade dói tanto! Que dá até vontade de chorar.
Porque por mais que os dias passem e apareçam as pessoas novas, fica um pedacinho meu em cada um que soube me cativar.
E assim, esses uns vão me levando aos poucos, ao ponto de eu precisar deles pra me devolver pra mim, voltar a ver que existem verdades e só assim conseguir sorrir...


(Dedico este texto a Ana Carol... que já nem é minha amiga mais... é parte de mim! Ela é a pessoa em que penso quando estou triste e também quando quero dividir alegrias... porque ela me aceita de qualquer jeito, porque ela entende meus sorrisos e minhas lágrimas...)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sossego


"... me diz o que é o sossego
que eu te mostro alguém
afim de te acompanhar..."
LH

 


- Onde colocar tanta coisa que não cabe mais por dentro por falta de espaço pra guardar?
- Não sei... talvez você deva tirar de dentro as coisas que já estão velhas demais ocupando o lugar das novas...

- Não sei como fazer isso...
- Tenha a certeza de que você está aprendendo...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Das coisas simples da vida...

o3:o4- marca o relógio digital. E se ela não viu marcando 03:03, diz que é porque estão desencontrados ainda... e ele só ri das coisas dela.
Estavam ainda acordados, sentados no sofá vermelho na sala pequena, com o rádio a pilha ligado baixo, conversando sobre o dia que passou.
O dia dela teve trabalho cansativo. O dele, veio pra finalizar uma viagem de quinze dias.
E ela já não via a hora dele voltar... sentia tanta saudade! Não se acostumava com as ausências dele, por mais que o trabalho as fizesse frequentes.
E ele? Levava ela sempre no coração e trazia uma rosa para a coleção dela, sempre que um trabalho terminava para na semana seguinte outro começar.
E assim eles viviam.. se dividindo, se completando.
As vezes ela dizia coisas que ele não entendia porque ela dizia, mas gostava dela mesmo assim.
Outras vezes, ele se esquecia de coisas que não podia, mas ela entendia e gostava dele, mesmo assim.
Feitos um para o outro...
Tanto, que ninguém negava. Todo mundo via estampado nos dois sorrisos e brilhando nos dois pares de olhos pequenos, que a parte vazia que existia, um apareceu pro outro só pra completar. Não existia mais vazio... existia algo que ela não sabia explicar o quê e nem queria aprender pra explicar.
Ela só dizia que estar do lado dele a fazia feliz... e estar longe dele, só lhe dava saudade. A felicidade não morria nem com a ausência, porque saber que ele existia em algum lugar desse mundo grande, já era suficiente pra deixar existir segurança, confiança, espera...
Ah espera... e quanto tempo ela esperou por ele... passava dias em plantão e lenta tristeza quando ele não vinha. Pensava em desistir, pensava em esquecer. Mas ela sabia que alguma coisa existia. E não se preocupava em entender. Apenas sabia...
E ele, sempre tão calmo, custou a perceber o que acontecia... custou a enxergar que por dentro dela, era um amor que crescia, enquanto dentro dele, um amor que morria, pedia pra outro nascer.

E naquela noite ela estava feliz... ela tinha o sofá vermelho, as paredes brancas, os quadros na parede, a varanda, o jardim, a lua...
- Vontade de comer torta de maçã!
- Então te convido... aceita meu convite?
- Mas já são quase 4 horas da manhã!
- Qual o problema? A gente vai naquele café que você gosta. Fica aberto até de manhã...
- Pega a blusa de frio vernelha pra mim! E a xadrez pra você...
...
- Porque tinha que chover na hora de voltar pra casa?
- Das duas uma: pra gente ficar e comer mais, ou ir embora correndo na chuva... você escolhe!
- Quero correr... segura minha mão? Tenho medo de me perder de você.
- Nunca vou deixar a gente se perder... prometo!

E correram... tanto, tanto! Que parecia faltar o ar. A chuva já não tinha mais lugar pra cair... o dia parou de chorar.
Aí ele vira e diz que sem ela os dias parecem perder o sentido.
Aí ela olha, sorri, deixa cair uma lágrima e lhe dá um abraço ao mesmo tempo... e ele entende o que ela quis dizer.
E ali, naquela simplicidade toda os dois tinham um ao outro... e tudo estava completo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Escolhas nem sempre são escolhas...



Tudo começou a partir de uma escolha que não fiz... ou fizeram ela pra mim, ou foi o tempo, ou foi mesmo o coração que decidiu baseado em tudo que por sorte ou falta dela, aconteceu nos últimos dias.
Sim... somos mesmo os únicos responsáveis pelas escolhas que fazemos, mas não sei até que ponto somos nós que escolhemos...
Acho que chega um ponto em que a dúvida é tão grande, que o tempo acaba resolvendo tudo, mostrando através dos dias, que as escolhas já estão prontas... já estavam prontas, bem antes do que a gente imaginava...
Hoje vejo escolhas com outros olhos e não acho que elas se aplicam a tudo...
Escolhemos o que comer de manhã, o que almoçar, com que roupa sair, mas não escolhemos os amigos: eles se juntam a nós por afinidades e não por escolhas...
As vezes damos a sorte de poder escolher em que trabalhar, que curso fazer, que dia sair, o que beber, mas não escolhemos quem amar: amamos e isso é só! E não tem explicação...
Se pudesse escolher não trocaria de amigos, mas talvez trocaria de amor...
Colocaria no lugar desse amor que sinto, alguém que realmente o merecesse e cuidasse dele, pra que não doesse tanto quanto dói as vezes...
Mas não posso escolher... já foi escolhido assim, desde o primeiro dia em que conheci. E não consigo desescolher...
não por falta de querencia ou vontadde... simplesmente não consigo!
Porque por mais que seja complicado (e eu sei que é), é esse alguém que me faz entender que já estava escolhido... que nossas igualdades somadas a algumas diferenças, é que fazem metade das coisas terem o sentido que tem.
Não sei se ele gosta de mim, nem muito menos se vale a pena esse gostar, nem sei se ele merece tanto, mas sei que na sua doce simplicidade e vontade de me ver feliz, ele faz por merecer sim. Talvez ele seja só mais um engano e a prova de que cometerei enganos e erros sempre, até aprender a olhar pro lado na hora certa. 
Mas por enquanto e mesmo com o coração apertado, quero continuar a errar... e como ele sempre diz: "dará tudo certo da melhor forma"
e se o Deus do tempo nos permitir...
Sim... lá vem de novo o tempo e a minha conclusão de que escolhas nem sempre são escolhas...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pequenos prazeres

... frio na barriga, suor, medo!
Assim se constrói alegria, assim realizamos sonhos...
Ninguém nunca disse que seria fácil e acho até que ninguém nunca vai dizer, porque fácil não é e creio que nunca será...
Mas não há nada mais bonito que a felicidade verdadeira do "deu tudo certo"...
Os abraços, os sorrisos, as pessoas que escolhemos para estar ao nosso lado por toda a vida... perceber que fizemos a escolha certa.
Hoje parece que um alívio expulsou milhares de alegrias tristes que moravam dentro de mim. Não expulsou todas, mas preencheu alguns espaços que faltavam e encheu a vida de mais certeza e cor...
Pequenos prazeres, pequenos momentos, grandes alegrias.
Sem saber como me explicar... mas eu precisava escrever algo feliz... =)


  (a melhor equipe, os melhores jornalistas, os melhores amigos: Ana, Jota, João, Iara e eu! no meio...)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sem cor...

...para ouvir durante a leitura...



- Eu sei que não deveria agir assim, mas as vezes parece que todos os instantes estão errados e todas as palavras ao contrário. Aí termino fazendo tudo por impulso! Incontrolável de parar tudo antes de terminar...
- E por que você está dizendo isso?
- Não sei... pode ser a chuva, o vento frio, a música ou a falta que ele me faz.
- Ele ainda faz falta?
- Sim. Acho que descobri porque gosto tanto dele e isso me dá medo.
- Por que medo?
- Porque sentimentos tão grandes não foram feitos pra ser compreendidos, mas sentidos. Tenho medo que eles estejam me preparando para quando resolverem fugir de mim. Não sei se suportaria viver sem todos eles...
- Eles, os sentimentos?
- Sim.
- Penso que eles não vão fugir, não agora. Ele gosta de você também, ele não disse isso?
- Sim, ele disse. Mas as vezes a gente se perde tanto e eu acredito tanto nele que sinto medo dele me enganar e não quero que ele me engane... se isso acontecer vou parar de acreditar em tudo, eu sei!
-  Não pensava que esse gostar fosse tanto assim.
- Sim. Gosto da alegria que ele tem e do jeito doce de dizer as coisas, gosto porque ele sempre sabe o que dizer, sempre sabe o que fazer pra me deixar bem quando não estou. Gosto porque a simplicidade parece morar nele! E ele exala essa simplicidade junto com paz e ternura e amor.  Gosto porque ele me dá segurança. Gosto porque nele os sonhos parecem tão fáceis de ser realizados! Gosto porque ele sempre esteve presente nos momentos mais cruéis e também nos mais bonitos. Gosto porque ele me trazia rosas que eu colecionei. Gosto, porque depois dele minha vida ganhou planos e metas que nunca existiram antes. Gosto porque até hoje não encontrei ninguém comparável a ele, porque tenho certeza que este alguém não existe.
- Ei! Não chore!
- Me desculpe, mas não posso!
- Com todas estas coisas bonitas que ele é pra você, chorar é a última coisa que devias fazer.
- Mas não dá... sinto medo!
- Medo? De quê?
- De que ele vá embora e não volte nunca mais. De que ele fuja com os sentimentos que dei pra ele de presente. Medo de não resistir se isso acontecer. Medo de perder o que de fato não tenho, mas que meu coração guarda a sete chaves, como se fosse realmente dele. Medo porque consegui explicar os sentimentos. Talvez possa ser um sinal...
- Como sempre, não sei o que te dizer...
- Não precisa dizer nada. Um dia deve passar. Aí eu vou olhar pra trás e poder dizer com alegria que o amor me visitou um dia.
- É o fim?
- Não sei. Acho que ele ainda vai aparecer com alguma novidade pra me contar. Alguma coisa mudou, só ainda não sei o quê...
- Pelo que sei, acho que vocês foram escolhidos um pro outro. E acho até que ele também sabe, apenas tem medo de ver. Eu acredito no tempo... e até lá muito desencontro vai acontecer...
- Vou ali...
- Ali onde?
- Num canto qualquer... preciso chorar e fazer a música parar de tocar.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Vou sentir saudade...

... um dia conheci um moço que tocava teclado na Feira de Física da escola.
Aí esse moço entrou pra minha vida e nunca mais saiu de lá...
se tornou meu ouvido nas tardes de domingo no banco da praça... 
meu companheiro pras coisas simples, leves e tão especiais pra mim...
Conseguia ver paz nos olhos dele e a música saltitava, ia junto, misturada a assovios afinados e notas graves de um violoncelo que sempre lhe caiu tão bem.

se tornou meu melhor amigo.
E abriu as portas de sua casa e abriu as portas de sua vida pra que eu pudesse entrar, sempre que precisasse, sempre que quisesse... e eu entrei e não saí mais de lá.

e ele me deu de presente uma mãe, um pai, um irmão... 
se tornou meu irmão... e o amor que sinto por ele é mais um desses sem explicação.
Aí ele viaja dia 25, depois de amanhã... vai ver o mundo a pé, vai realizar o sonho que teve sempre, desde que o conheci.
Aí eu nem me despedi dele... porque sei que ia chorar.
E vou sentir tanta falta!
Mesmo que a correria não estivesse deixando a gente se encontrar, eu sempre soube que era só chamar e ele iria vir correndo, sem julgar ou estranhar meus medos e minhas indecisões que ele conhece e entende tanto.
Sim... vou sentir sua falta irmãozinho... falta do violoncelo, dos sorrisos, dos momentos de silêncio, dos momentos de falação em grande dose ao ponto de cair de tanta empolgação...

e o tempo sempre levando as pessoas que amo...


Delba diz:
gosto mto d vc
e inteh!
Guilherme diz:
Te amo, moça!
Beijão!

e assim, cairam algumas lágrimazinhas... não gosto de despedidas.

Porque eu gostei...

Em meio a pés que vão e vêm, cores e cordas de violino, o sapateiro de um pequeno vilarejo procura o par perfeito, em uma fábula de amor e sapatos.

"Ímpar Par"
Ficção | De Esmir Filho | 2005 | 17 min
Com Imara Reis, José Rubens Chachá, Alvise Camozzi, Adriana Seiffert, Sarah Oliveira


Estréia...

"A Falta que me Faz"

- Personagens: Alessandra Ribeiro, Priscila Rodrigues Ribeiro, Shirlene Rodrigues Ribeiro e Valdênia Ribeiro
- Direção: Marília Rocha
- Diretora Assistente: Clarissa Campolina
- Produção: Luana Melgaço e Helvécio Marins Jr.
- Fotografia: Alexandre Baxter e Ivo Lopes Araújo
- Montagem: Francisco Moreira e Marília Rocha
- Som: O Grivo
- Produtora: Teia





Durante um inverno, rodeadas pela Cordilheira do Espinhaço, um grupo de meninas vive o fim da adolescência.
Um romantismo impossível as enlaça com homens de fora, deixando marcas em seus corpos e na paisagem a seu redor. Entre festas, amizades, angústias e contradições da passagem para a idade adulta, cada uma encontra sua maneira particular de resistir à mudança e existir na contingência.



Estréia hoje, dia 23, no 42º Festival de Cinema de Brasília!

domingo, 22 de novembro de 2009

Feito pra mim...

... esse texto não é meu.
É do blog Felicidade Clandestina. Mas assim que li, percebi que inconscientemente, foi escrito pra mim e é por isso que ele está aqui...
Um presente?! Sim! E talvez o sinal pros meus dias confusos...
E quem me conhece, vai entender porque gostei tanto assim deste texto...
e vai me dar razão e talvez até se espante também...
como uma pessoa pode escrever tanto da gente sem sequer nos conhecer?
Dúvida...e felicidade ao mesmo tempo. Senti até um frio na barriga quando terminei de ler... =)
obrigada moça Giovanna que escreveu este texto...


La Veine entre nous deux

Para te relembrar meu amor.
Faça e apareça
senão te invento por toda eternidade...


Ela era pequena. Ele tinha braços compridos.
Ele era abstração. Ela lia Nietzsche.
Ela tinha cabelos longos. Ele, mãos firmes.
Ela era frágil. Ele, cauteloso.
Ela era impulsiva. Ele, o impulso.
Ela parava no tempo. Ele era contemplativo.
Ela gostava da grama. Ele sentava-se ali.
Ela dizia o "não" e o porquê. Ele dizia: por que não?
Ela queria vencer a correnteza. Ele a puxava pelo braço.
Ela queria ver o mar. Ele a levou ao outro lado dele.
Ela via a poesia no muro sujo. Ele fazia a poesia dela.
Ela se perguntava sobre a morte. Ele lhe soprava o vento quente de dias de verão.
Ela quis verdade. Ele a beijou com olhos abertos.
Ela tentou um golpe. Ele segurou sua cintura..
Ela era melancolia. Ele era bossa nova.
Ela fez uma pergunta. Ele lhe escreveu seu nome no céu.
Ela procurou as palavras certas. Ele a tocou da maneira certa.
Ela pensava em trabalho. Ele imaginava uma casa no campo.
Ela explicou horas a fio. Ele cantou só uma canção.
Ela era o piano desafinado. Ele era o Tom.
Ela era feita de ar.
Ele também.
Ela era e queria pouco.
Ele era e queria pouco.
Mas eles tinham, um ao outro.
E com isso, tinham muito.
Ela era feita de fogo.
Ele também.
Havia amor. Há amor.
E isso basta a eles...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tristeza é a palavra...

... não sei o que dizer a ela quando dói.
Mas sei o quanto dói... sinto essas dores de vez enquando.
As vezes penso até que as dores dela são mais doídas que as minhas, mas aí compreendo que dói do mesmo jeito!
Só que os motivos se dividem em metade igual e metade diferente...
Aí hoje acordei feliz e ela triste...
Não sinto culpa por estar feliz, mas sinto tristeza por vê-la triste...
e penso que minha alegria pode acabar a qualquer momento e por isso sorri tanto ontem: para aproveitá-la!
E sei que essas coisas de alegria e tristeza não deveriam depender de ninguém e sim de nós mesmos...
cabe a nós a responsabilidade da própria alegria e da única tristeza...
mas existem pessoas que parecem surgir para levar tudo da gente!
até nossa capacidade de sentir...
levam tudo pra elas, nos deixando só incertezas e esperas...
e as vezes elas nem sabem que levam tanto!
e nem muito menos imaginam, que fazem tanta falta...
nem pensam que tem em mãos nossas alegrias e tristezas, nossos sorrisos e lágrimas, nossas dores e nossos desejos...
Sei que é errado dar tanta responsabilidade assim a pessoas.
Mas não acontece por querer... quando a gente vê, já foi!
E acho até que isso é normal... ou ao menos comum.
Sei que o amor dela é grande e redescobri ontem que mesmo sendo estranho, o meu também é.
Amores grandes e verdadeiros... e só isso devia valer?
Bem que podia... só ter amor grande pra trazer quem se ama pra bem perto...
Mas a vida é feita de dores também.
Dores que doem tanto! Até a gente dizer que não pode mais suportar...
e perceber, enfim que pode suportar sim... quantas dores mais quiserem vir...
porque no fundo, melhor amar e deixar doer, do que não amar e deixar o coração virar pedra de gelo...
Precisa doer para chorar, precisa chorar para sentir alívio, precisa aliviar para sorrir depois...
Continuo sem saber o que dizer a ela quando dói.
A única coisa que resta é tempo!
E ele sabe o que fazer... sim. Ele sabe.


[escrito para uma grande amiga...
que dividiu comigo a minha alegria de ontem...
e que acordou triste hoje, me deixando sem saber o que dizer ou fazer...
então, resolvi escrever... e aproveitar para agradecer a ela por tudo!
por confiar e fazer dos meus dias mais leves...
Terapia de Grupo!!!]

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ela


... porque ela era assim.
cheia de sonhos impossíveis...
E sentia as vezes vontade de sumir!
Mas na maior parte do tempo, queria sempre ficar... não se sabe onde nem porque, mas as vezes ela pensava em ficar...
Dizem que ela nasceu pra ser do mundo...
Mas ela ainda sonha com a casa lilás, as flores no jardim, a rede na varanda, as crianças no  quintal, o sofá vermelho, os quadros na parede, o violino nas tardes de domingo, a lua iluminando as noites, alguém do lado pra dividir as coisas simples...
Mas não qualquer alguém... 
O alguém dela é diferente...
precisa confiar nas cores que ela escolher e gostar do sol das manhãs de inverno...
precisa ter doçura nas palavras, alegria nos sorrisos, verdade nos olhos a todo tempo...
precisa gostar de flores, pra lhe trazer uma todos os dias até a primavera chegar e o jardim florescer...
precisa acreditar nela e ver beleza nas coisas simples, assim como ela aprendeu a ver.
Ela não quer alguém de sonhos grandes nem alguém que se perca no tempo...
quer alguém que sonhe o impossível, assim como ela e que acredite tanto! Ao ponto de ajudar a construir...
ela hoje acordou pensando.
Pensou e pensou tanto, que as vezes parecia que ia chorar, com tanta dor que estava sentindo.
Dor... no peito, na cabeça, no coração.
De onde vinha a dor?
Ah... isso não soube dizer...
ou vai ver até sabia, mas achou melhor esconder.
Esconder do mundo e só...
Tem coisas na vida, que é melhor esquecer...

domingo, 15 de novembro de 2009

Elas? Duas...


[porque só quem entende sabe o que tudo quer dizer...
e ela entende tão bem, que juntas resolvemos escrever...]


e elas nem se conheciam...
mas meio que se entendiam.
...de um lado um cotovelo doía.
do outro, era o coração que sofria.
uma vivia um amor que morria.
outra, vivia um amor desses que a ilusão cria.
"uma pena, se me permite dizer...
vc tem tanto amor"
e assim as duas viviam de tempo.
porque quando o amanhã chega, ele já é hoje!
aí parece que amanhã nunca mais vai chegar.
e do outro lado eles nem entendem!
e será que se preocupam?
Às vezes me pergunto se pensam. Seria demais esperar um pouco de cor quando o Cinza predomina em suas paletas de cor? O amarelo do sol e o colorido das flores parecem muito distantes para aquEles que na selva de pedra insistem em morar.


Antes fossem só cores!! Ainda há este tempo que insiste em não passar. O passado vai longe, o presente de hoje está passando e o futuro, segundo previsões, não vai chegar.  Estranho, mas mesmo assim tem menina que insiste em esperar.


Difícil não conseguir responder o que dói mais: A morte de um amor bonito ou o desaparecimento da ilusão de bonito amor.  Pensando mal, já que pensando bem não estou, pois quem realmente bem pensa não sofre de amor, creio que tanto faz. Em ambos os Dois casos, redundâncias à parte, seja pelo meio que for, uma Bonita e triste verdade se faz valer no momento em que, apesar da distância, Duas meninas Bonitas sorriem tristes e pensam “Uma pena...você tem tanto amor”. 


Talvez sejam só desencontros... ou quem sabe seja Tristeza mesmo.
Ou tempo... tempo, tempo, tempo...






sábado, 14 de novembro de 2009

Presente





Me lembro do Tom sempre que ouço essa música.
Tanto com Cartola e agora também com Marisa...

Acho que Tom deve gostar dela e  eu nem devo saber...
ou saiba, sem querer...
...então, dedico a ele... a música e a alegria do dia de hoje.
pra que ele sorria também como sorri, mesmo que eu não possa ver...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

...


- De repente não tinha mais nada.
- E isso é bom ou ruim?
- Não sei... mas queria descobrir.
- Quer falar sobre o que está sentindo?
- Não, não precisa... 
- Tem certeza?
- Ah... sinto um vazio e só. Mas pode ser fome. Hoje ainda não comi.
- E por que não comeu?
- Não sei. Sei que não consegui, tô sem fome, talvez.
- Tenho notado você meio triste...
- Não... as coisas estão só meio sem sal... nem sal nem açúcar... meios termos.
- E você que sempre dizia não gostar de meios termos...
- É... mas descobri que eles são necessários. É preciso manter um equilibrio!
- Você e suas teorias... e o vazio? Preenchendo?
- Não sei... parece que não. Tá tão estranho!
- Me lembrei do balão...
- O que tem o balão?
- Aquele, que crescia dentro de você.
- Ah sim! Murchou... até as flores, tão cheias de beleza murcham um dia. O balão também tinha que murchar...
- É uma pena. 
- O quê?
- Ver você triste.
- Não sinta pena... 
- O que queres que eu sinta então, além de pena e também tristeza em ver você triste?
- Faça como eu... não sinta! Apenas deixe esvaziar


quinta-feira, 12 de novembro de 2009


 
 
"... Astronauta diz pra mim cadê você?
Bailarina não consegue mais viver..."
Tiê

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Nuvem...

... ontem foi um dia difícil.
A moça sempre acostumada a sorrir, não segurou e chorou.
Talvez por ter percebido que é gente como todo mundo, com suas fraquezas, indecisões e verdades.
Talvez por ter percebido que é diferente de todo mundo... com seus medos bobos, seus pressentimentos fortes, sua vontade de abraçar o mundo.
Sim... se ela pudesse tinha abraçado o mundo ontem... mas é pequena demais pra isso, então abraça o que pode e diz o que acha certo, mesmo sendo tomada pelo medo de errar.
Aí tinha nuvem no céu... choveu, como tem chovido todos os dias.

E ela nunca mais vai se esquecer das coisas que disse, nem muito menos das que ouviu.
Se pudesse sumir tinha sumido. Mas preferiu ficar e encarar. Já fugiu demais, de muita coisa, pra evitar a dor...

Pede desculpa se magoou alguém mas continua achando que é melhor magoar que mentir.
Porque mentira também magoa... só que magoa mais.
e ela não sabe o que sentir, nem sabe mais o que fazer...
carrega um coração triste e a vontade de torná-lo egoísta, frio, pequeno... 
pra não caber mais nada, nenhuma gota sequer.
Mas como dizem, deve passar... e pena ou não, ela não consegue ser essa pessoa ruim.
Só que as vezes, o peso do ano vem todo em uma semana só.
E novembro fica parecendo outubro: cheio de revelações e incertezas.

E não há de ser nada...
A chuva continua chovendo, o vento continua soprando, algumas pessoas continuam vivendo e outras continuam morrendo, os dias continuam nascendo, o tempo continua passando...

Ela continua respirando, continua enxergando cores, continua sentindo frio, calor, dor de cabeça, saudade, água, molhado, tristeza, alegria, amor...
Tanto sofrimento pra quê ela não sabe... vai ver é porque doer sempre dói e administrar a dor as vezes é complicado...
As vezes ela se acha pequena demais pra esse mundo tão grande...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Menina [5]

... o último capítulo.




Amanheceu e não faltava nada. Estava tudo bem, enfim.
O amor saiu pela janela, e como ele mesmo ensinou que podia: se transformou.
Mas não o amor dele... e sim o dela.
Não sabe dizer o que aconteceu... talvez tenha compreendido que se quisesse vê-la, já tinha vindo... se gostasse tanto, já nem tinha se esquecido.
E assim ela percebeu que era igual a ele, sempre foi. Mas chegara a hora de saltar...
E saltou com cautela, depois de muito pensar.
Vai guardar ele pra sempre no coração...
O 'rapaz do quadro' que sempre será o moço que ela nunca soube dizer se é bonito ou feio, mas sim que tem um grande coração...
o moço que esteve ao lado dela nos momentos mais aflitos, mais doídos, mais solitários, sempre dizendo pra ela sorrir, pois tudo ia passar...
o moço que as vezes preocupado, vinha perguntar se estava tudo bem... dizendo que ela precisava descansar.
o moço que de tão diferente dos outros, não se assustou ao saber do violino e a ouviu chorar desesperada, na solidão do seu primeiro dia de casa nova.
o moço que quis um quadro e fez ela voltar a pintar...
o moço que lhe dava rosas, inventava planos, sonhava sonhos tão irreais (mas nele tudo se tornava possível), e que fez com que ela voltasse a sonhar...
o moço que é tão parecido com ela, que até nas diferenças conseguem se encontrar.
mas o mesmo moço que fazia ela sorrir e o coração dela disparar, já não faz isso mais.
talvez esteja tudo calejado, doído, pensado, repensado.
Sim! Ele foi uma das pessoas mais importantes da vida dela... ele é essa pessoa: a doçura, a simplicidade, a alegria, o sorriso dos dias tristes, o gostar sem limites, a ilusão mais bonita.
Mas tudo passa... tudo se transforma. E hoje é o amor dela que se transformou...
Em Amor bonito... desses delicados que se contentam com a alegria do outro.
Nada mais de amor egoísta... que prende, se prende, arruína.
E é justamente por ter encontrado esse amor, que ela decidiu viver...
Não quer perder mais nenhum dia de alegria como se só ele pudesse trazê-la.
Sim. Ela ainda sente. Mas resolveu que não pode mais esperá-lo e nem deve!
Seu coração fez enxergar tanta coisa! E não está sofrendo... mas agora, e só agora depois de um dia todo, está doendo.
Dói porque sabe que tomou a decisão certa... dói porque sabe que nada mais será como antes.
E só não dói mais, porque ela escolheu assim. E porque ele também escolheu... sem saber, ele escolheu...
E algo diz que não vão voltar atrás...
Então, é assim: é esse o fim...
Ela vai ali... talvez um dia ela aprenda a voltar.